A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) confirmou, neste sábado (24), o primeiro caso de gripe aviária no estado em 2023. A doença, também conhecida como influenza aviária, foi detectada em Antonina, no Litoral, em uma ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real.
As amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal – OMSA como referência internacional em diagnóstico de influenza aviária. O diagnóstico foi confirmado nesta sexta-feira (23).
Segundo a nota da Adapar, a ocorrência de influenza aviária em população de aves silvestres não compromete a condição sanitária do Paraná e do país, portanto, não deverão haver restrições ao comércio internacional de produtos avícolas paranaenses como consequência da notificação.
Por conta do caso, foram intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo estado. Outras investigações em aves silvestres estão em curso no Paraná.
A Secretaria de Saúde do Estado já teria sido comunicada e está monitorando as pessoas que tiveram contato com a ave infectada.
Total de casos
Até o momento, casos de gripe aviária foram identificados em aves silvestres nos seguintes estados: Espírito Santo (26 focos), Rio de Janeiro (13 focos), Rio Grande do Sul (1 foco), São Paulo (3 focos), Bahia (2 focos) e Paraná (1 foco), totalizando 46 focos em todo país.
Após as confirmações de casos de gripe aviária, em maio foi decretado estado de emergência zoossanitária por seis meses em todo o Brasil pelo Ministério da Agricultura.
A influenza aviária (IA), ainda de acordo com a Adapar, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta avesdomésticas e silvestres, muitas vezes resultando em graves consequências para a saúde animal, para a economia e para o meio ambiente.
Trata-se de um vírus de Influenza A, ou seja, pode acometer animais e humanos, embora neste último seja raro.