Em maio de 2021, Everton dos Santos, na época com 21 anos, foi preso por maus-tratos contra o filho, de apenas nove meses. O menino morreu após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tatuquara, em Curitiba. Havia o entendimento de torturas por parte do pai. No julgamento, nesta segunda-feira (9), Everton foi condenado por homicídio culposo e uma lesão culposa. 

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Imagem ilustrativa: Pixabay.

A morte de João Wesley, filho de Everton, ocorreu em março de 2021. O menino foi internado em estado gravíssimo e morreu dois dias depois. De acordo com as investigações, ao chegar ao hospital, a criança apresentava hematomas pelo corpo, edema no cérebro e lesões antigas.

Everton foi preso pela polícia no bairro Batel, em Curitiba, no momento em que estava em um posto de combustíveis. Ele estava preso desde então.

O julgamento por homicídio, que ocorreu nesta segunda-feira, pôs um ponto final na história, como explicou o advogado Caio Percival.

“Hoje se encerra aqui um drama familiar, uma tragédia em família, onde o Conselho de Sentença teve por bem entender que Everton jamais teve a intenção de matar seu filho. O Conselho de Sentença entendeu, na tarde de hoje, depois da prova produzida, que na verdade o Everton, tentando salvar o seu filho, que estava se afogando no próprio vômito, acabou matando ele ali no procedimento de primeiros socorros”. 

Entre as qualificadoras que foram imputadas à Everton estava a questão da tortura. Segundo o advogado, isso foi afastado pelo júri.

“O crime de tortura que anteriormente era imputado a Everton também caiu por terra. A magistrada, nesse dia, houve por bem, então, fixar uma pena de dois anos. Everton estava preso há 3 anos e quatro meses, isso quer dizer que ele ficou precipitadamente preso um ano e quatro meses a mais”. 

Como foi preso em maio de 2021, Everton já cumpriu a pena imposta. Agora, o advogado disse que vai buscar reparação pelo tempo a mais que o cliente passou atrás das grades.

“Cabe à defesa agora, então, nesse momento, buscar uma indemnização pelo erro judiciário que, de forma muito prematura e precipitada, prendeu Everton antes da hora”.