O Athletico prevê a consolidação de sua SAF até março de 2024. O objetivo é completar 100 anos já com um novo parceiro – e, claro, com um grande aporte financeiro. E, para um dos especialistas em constituições das Sociedades Anônimas do Futebol no Brasil, não há clube melhor para se investir que o Furacão. Foi o que disse o diretor executivo da Ernst & Young, Pedro Daniel, em entrevista ao canal CNN.
Avaliando a “era da SAF” no futebol brasileiro, Pedro Daniel falou sobre o que ele e outros especialistas chamam de “terceiro ciclo”. “Teve o primeiro ciclo, que era dos mais necessitados, com dívidas impagáveis, com Botafogo, Cruzeiro e Vasco como símbolos. No segundo, já tem clubes que se prepararam: América-MG, Athletico e Coritiba. E times do topo da pirâmide vão refletir se isso vale a pena ou não; esse vai ser o terceiro ciclo”, avaliou.
Dos três clubes citados como integrantes do segundo ciclo, América-MG e Coritiba já estão consolidados como SAF. O Athletico ainda busca investidores. No mês passado, o CEO do futebol Alexandre Mattos e o diretor de patrimônio Márcio Lara estiveram nos Estados Unidos. Lá, tiveram o apoio do Bank Of America para conhecer potenciais investidores. É importante lembrar que o modelo de SAF do Furacão é diferente do que os clubes brasileiros vêm fazendo – o plano rubro-negro é continuar sendo majoritário na sociedade, recebendo um parceiro que assumiria entre 40% e 49% das ações.
Athletico: fácil ou difícil?
Para o executivo da Ernst & Young, não há clube mais preparado para o processo do que o Athletico. “É um projeto de 25 anos que tinha a quarta torcida do Paraná. Hoje, tem a melhor infraestrutura do Brasil, arena com teto retrátil, com uma tecnologia… Fizemos um planejamento estratégico de 10 anos e a Lei da SAF ajudou pra que isso perpetuasse. Nos últimos 10 anos, é o clube que mais arrecadou com venda de atletas. Jogou final de Libertadores ano passado…, mas será um clube top-3 no Brasil“, disse Pedro Daniel à CNN.
Mas, mesmo chamando o Athletico de “maior case do futebol brasileiro”, o diretor da consultoria fez um alerta. “O projeto é tão bom que talvez seja difícil encontrar um parceiro adequado”, afirmou Pedro Daniel, que encerrou citando novamente o Furacão como exemplo. “Eu não acredito que seja necessário ser uma SAF para ter uma boa governança… é possível ser associativo e ter uma governança”, finalizou.
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