O Athletico está em campo em duas frentes. Uma delas, a natural, é a partida com o Flamengo, nesta quarta-feira (13), às 21h30, no estádio Kleber Andrade, em Cariacica (ES). A outra, nos bastidores, pode redefinir o futuro do clube. O diretor financeiro Márcio Lara e o CEO de futebol, Alexandre Mattos, estão nos Estados Unidos buscando parceiros para a consolidação da SAF rubro-negra. É o passo mais ousado da até agora silenciosa costura do Furacão para dar um salto financeiro.
O assunto SAF já é discutido no Athletico há pelo menos dois anos, mas a transformação para empresa é um tema que supera dez anos de discussões no clube. O Conselho Deliberativo já aprovou o modelo que o Furacão está apresentando ao mercado. Essencialmente, ele tem como principal ponto a manutenção da maior parte das ações – e, por consequência, o poder decisório – para o clube.
Essa é uma questão que é premissa da SAF do Athletico. O presidente Mário Celso Petraglia, afastado por motivos de saúde mas ainda a última palavra do clube, não aceita que o Furacão seja minoritário em qualquer negociação. Por isso, o Furacão colocará no mercado no máximo 49% de sua empresa, ficando no mínimo com 51% do “Athletico S/A”. As informações dadas pelo ge Paraná e pelo colunista Augusto Mafuz foram confirmadas pela Banda B.
Porque o Athletico foi aos Estados Unidos?
A escolha do Athletico em enviar Márcio Lara e Alexandre Mattos aos Estados Unidos é por conta da assessoria que o Bank of America – o nono maior banco do mundo – faz ao clube em todo o processo da SAF. Com isso, é natural que a captação de potenciais investidores inicie-se por lá. E é relevante lembrar que empresas norte-americanas gerem hoje 55 clubes europeus, entre eles Arsenal, Liverpool e Manchester United.
O “número mágico” do Athletico é R$ 1,5 bilhão, aproximadamente 300 milhões de dólares, pela fatia menor da SAF. Com as últimas boas participações do clube na Libertadores, o acordo pelo pagamento da dívida da Ligga Arena (aprovada e depois suspensa pelo Tribunal de Justiça do Paraná, que ainda fará nova avaliação do caso) e uma estrutura já empresarial, o Furacão chega a se intitular a “noivinha mais bonita do mercado”, frase usada pelo próprio Mário Celso Petraglia. E o “casamento” está cada vez mais próximo.
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