A partida entre Operário e Cascavel, que foi interrompida aos 31 minutos na última quarta-feira devido às fortes chuvas que caíam em Ponta Grossa, está marcada para recomeçar hoje, no Germando Kruger, às 19h30. Mas nem tudo é tão simples quanto parece. Uma confusão no regulamento geral da Federação Paranaense de Futebol (FPF) está gerando muita polêmica entre as duas equipes.
Na primeira parte do jogo, Ceará, atleta do Operário, recebeu o terceiro cartão amarelo. Cumpriu a suspensão automática no jogo de domingo, contra o Iraty. No entanto, de acordo com o artigo 15 do regulamento da FPF, um atleta que receba o terceiro amarelo em um jogo interrompido não pode retornar à campo quando este mesmo jogo for recomeçado. Ou seja, Ceará não poderia jogar hoje à noite e o Operário atuaria nos 59 minutos finais com dez jogadores.
Isso foi motivo de muita revolta por parte da diretoria do Fantasma. Eles alegam que não tiveram nenhum jogador expulso e não faria sentido atuar com 10 atletas em campo. A FPF não deu nenhum parecer definitivo ao clube. A solução encontrada pelo Operário é realizar a substituição de Ceará por outro jogador antes do reinício da partida. Substituição polêmica que pode resultar em reclamação do Cascavel.
O clube queria uma garantia da FPF de que poderia fazer a substituição de Ceará por Rafael. Como não conseguiu, o Fanstasma vai se arriscar, se apoiando na omissão da Federação ao caso. Em entrevista à Gazeta do Povo, Dorli Michaels, gestor de futebol do Operário, disse que a equipe não pode ser prejudicada por um erro no regulamento. “O regulamento não permite que voltemos com o Ceará para a partida, mas não fala absolutamente nada que impeça que o substituamos por outro jogador. Quando o jogo foi interrompido, tínhamos 11 jogadores em campo. Quando o jogo recomeçar, temos que ter 11 jogadores em campo”, disse.
Michaels explicou que o Operário preferiu correr riscos e substituir Ceará do que jogar fora o planejamento de uma temporada inteira, focado no Paranaense e numa possível vaga na Série D. Para ele, entrar com um jogador a menos é um absurdo. O dirigente lamentou ainda não ter recebido uma resposta da FPF e do Tribunal de Justiça Desportiva sobre o assunto.
No entanto, o TJD-PR diz que não foi procurado pelo Fantasma. “Pelo que tomei conhecimento, eles optaram por recorrer à Federação para saber como proceder. Acho que eles poderiam ter submetido essa questão ao TJD também, para tentarmos achar uma solução. Infelizmente isso não aconteceu”, disse o procurador-geral do órgão, Ramon de Medeiros Nogueira.
Ao ser questionado sobre sua opinião no caso, Nogueira se mostrou solidário ao time de Ponta Grossa. Para ele, um cartão amarelo não pode valer o mesmo que um vermelho, mas o artigo 15 realmente diz isso. “O jogador que tomar o terceiro amarelo não pode voltar para o jogo. Parece-me um absurdo. Ele já cumpriu a suspensão inclusive. Quer me parecer que mais uma vez ao se elaborar o regulamento houve um equívoco”.
Jogo
Polêmicas à parte, existe um jogo de futebol para ser concluído na noite de hoje entre duas boas equipes que lutam por uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. O técnico do Fantasma, Caçapa, já definiu que Rafael será o substituto de Ceará, atuando no ataque ao lado de Clênio. Baiano será recuado para o meio.
O lateral esquerdo Gilson está com dores no tornozelo e será reavaliado minutos antes da partida começar. Caso seja vetado, a equipe queimará mais uma substituição, promovendo a entrada de Cassiano.
Já o Cascavel ainda se recupera da goleada de 5 x 0 que levou do Atlético no último sábado. Para enfrentar o Operário, o técnico Eloi Kruger só não pode contar com o meia Irineu, que cumpre suspensão.
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Operário e Cascavel reiniciam jogo interrompido com muita polêmica
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