Era a chance de salvar o primeiro semestre depois da derrota para o Coritiba no último domingo, resultado que fez com que o rival fosse o campeão paranaense. Por isso, o Atlético desejava tanto a classificação contra o Palmeiras, jogando em casa, com o apoio da torcida. O que o Furacão precisava era vencer por 2 ou mais gols de diferença. Ou na pior das hispóteses vencer pelo mesmo placar do jogo de ida (1 x 0 Porco) e levar a decisão para os pênaltis. Mas nada disso aconteceu. O jogo terminou empatado em 1 x 1 e o Palmeiras avançou para as quartas-de-final, onde enfrenta o Vitória.

O jogo começou antes mesmo do apito inicial. A torcida atleticana protestou contra o ato de racismo do zagueiro Danilo. Faixas, rostos pintados de preto e um mosaico escrito RESPEITO foram as manifestações atleticanas. Em campo, a partida era quente, com muitas faltas para ambos os lados. As duas equipes queriam resolver logo e chegavam ao ataque com perigo.

Aos 14 minutos, quase que uma desgraça acontece para o time da casa. Bruno Costa derrubou Lincoln dentro da área e o juiz marcou o pênalti. Bruno recebeu o segundo amarelo, foi expulso e quase prejudicou todo o time rubro-negro, que teve que jogar com um a menos em quase toda partida. Na cobrança da penalidade, Robert deu uma paradinha, Neto não caiu e o atacante bateu fraco no meio do gol para firme defesa do jovem arqueiro.

Com o empate assegurado por Neto, o Atlético foi pra cima e criava chances perigosas de gol. No entanto, esbarrava na boa atuação de Marcos, que pegava tudo na meta alviverde. A partir dos 30 minutos, o Palmeiras equilibrou as ações, mas não impunha muito seu jogo, pois o empate garantia a vaga ao Porco. Assim o jogo seguiu até o intervalo, quando os dois técnicos mexeram em suas equipes.

Nos 10 minutos iniciais da etapa final, o Furacão foi pra cima do Palmeiras pois queria matar o jogo sem precisar ir para as penalidades. Mas logo em seguida, a equipe parecia cansada, pois tinha que correr em dobro para dar conta de toda a marcação necessária. A partida continuava com muitas faltas, e o Atlético era sempre perigoso na bola parada de Netinho, exigindo muito trabalho do goleiro Marcos.

Com 20 minutos em diante, o domínio foi todo do Palmeiras. O Atlético se fechou atrás e o Porco teve pelo menos duas chances perigosas de marcar o primeiro gol. Mas aos 33 minutos, Léo derrubou Bruno Mineiro na área e o árbitro marcou a penalidade. Alan Bahia bateu com paradinha, deslocou Marcos e abriu o placar na Arena. Festa da torcida atleticana. O marcador de 1 x 0 levava a decisão para os pênaltis.

O Furacão tentava ampliar o placar para conseguir a classificação ainda no tempo normal. Mas aos 43 minutos, a tristeza tomou conta do torcedor atleticano. Márcio Araújo cruzou da esquerda, Lincoln recebeu sozinho, de cara pro gol, e com Neto batido, empurrou para o fundo das redes. Empate em 1 x 1 e vaga nas mãos do Porco.

FICHA TÉCNICA

Atlético
Neto, Manoel, Rhodolfo e Bruno Costa; Lisa, Chico, Alan Bahia, Netinho (Marcelo, 16’/2ºT) e Márcio Azevedo; Javier Toledo (Tartá, Intervalo) e Alex Mineiro (Bruno Mineiro, 16’/2ºT).
Técnico: Leandro Niehues

Palmeiras
Marcos; Márcio Araújo, Danilo, Léo e Armero (Eduardo, 25’/2ºT); Pierre (Ewerthon, Intervalo), Edinho, Lincoln e Figueroa (Marquinhos, 37’/2ºT); Diego Souza e Robert.
Técnico: Antonio Carlos Zago

Data: 21/04/2010
Horário: 21h50
Local: Arena – Curitiba (PR)
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ)
Auxiliares: Ricardo de Almeida (RJ) e Wagner de Almeida Santos (RJ)
Público: 21.698 pessoas
Renda: R$ 554.637,50
Cartões amarelos: Bruno Mineiro, Márcio Azevedo e Tartá (CAP) Diego Souza, Lincoln e Pierre (PAL)
Cartões vermelho: Bruno Costa (CAP)
Gol: Alan Bahia, 34’/2ºT (1-0); Lincoln, 43’/2ºT (1-1).