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Quem tem carro ou moto sabe: na ponta do lápis, os custos para manter o veículo, as contas com combustível, seguro, impostos, multas, além da depreciação do bem, causam um gasto que, muitas vezes, acaba comprometendo o orçamento.

Por isso, não é novidade dizer que utilizar o transporte coletivo é bem mais econômico do que usar o próprio veículo. Mas você já parou para fazer as contas?

Foto: Ricardo Marajó/SMCS/Arquivo.

Vamos começar pelo básico: o preço da passagem é inferior aos gastos semanais com abastecimento do veículo. Com isso, no final do ano, a economia pode ser até de 60% da sua renda.

O jornalista especializado em transportes, Adamo Bazani, editor do site Diário do Transporte, defende a troca.

“O veículo particular pesa no bolso do cidadão. É preciso somar combustível, a perda do valor do bem com o tempo, manutenção, impostos, taxas, estacionamentos. Por isso, ao utilizar o transporte coletivo, a economia pode chegar a 60% da renda em um ano”,

diz Bazani

Vale a pena destacar a capacitação dos profissionais do transporte coletivo. Motoristas de ônibus são profissionais que passam por treinamentos específicos para o transporte de pessoas.

Foto: Levy Ferreira/SMCS.

Isso significa que, ao embarcar no veículo, você estará sendo conduzido por um condutor profissional. Isso gera uma economia para as cidades, com menos carros e motos circulando, menos acidentes e menor demanda para os hospitais públicos.

“A gente ainda tem, por exemplo, os custos com saúde pública. Por mais que possam e ocorram acidentes com ônibus, mesmo assim, proporcionalmente, o número de acidentes é bem menor. Por isso, são menos gastos com saúde pública”,

complementa o jornalista.

Além disso, existe a questão da poluição.

“Um estudo antigo, mas que ainda é válido, da Universidade de São Paulo, mostra que, somente na capital paulista, 4 mil pessoas morrem por ano por causa de problemas de saúde agravados pela poluição. O ônibus, por transportar mais pessoas, tira muitos carros da rua, contribuindo para uma cidade com melhor qualidade do ar”.

O especialista conclui:

“Investir em transporte coletivo é investir em vidas”.