O Museu Oscar Niemeyer (MON), maior museu de arte da América Latina, está realizando uma série de obras para modernização e manutenção geral do edifício e dependências. Elas têm como objetivo melhorar a acessibilidade e oferecer um ambiente cada vez mais confortável, seguro e funcional aos seus milhares de visitantes.
De acordo com a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, as benfeitorias estão divididas em três eixos principais: infraestrutura, que visa melhorar a experiência da visita ao museu, gestão e segurança e, também, gestão de dados, via um sistema novo que utiliza Inteligência Artificial.
“Entendemos que a Cultura, em especial, os museus, é uma poderosa ferramenta de cidadania e de pertencimento. Temos tido uma excelente resposta do público e, a partir de dados mais apurados, poderemos oferecer um serviço cada vez melhor”
explica.
Na etapa da infraestrutura estão inclusos itens como novos guarda-volumes e detector de metais, aperfeiçoamento da iluminação externa do museu e reformas no MON Café, MON Loja e bilheteria.
No eixo melhoria de gestão estão a implantação de um sistema de pesquisa com os visitantes e qualificações físicas na reserva técnica, como aquisição de novos equipamentos (trainéis deslizantes) para melhor acomodar a coleção permanente do Museu, além da implantação de QR Codes para identificar as obras.
Os investimentos somam R$ 2 milhões, com recursos do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), dentro Plano Anual do Museu.
Já na área de segurança e gestão de dados, o MON está passando por uma ampla modernização de seu sistema, com o objetivo de aprimorar a proteção do acervo, proteção de visitantes e colaboradores.
Melhorias em andamento
Entre as iniciativas mais recentes estão a substituição das câmeras de monitoramento por equipamentos de última geração – integrados com tecnologia de Inteligência Artificial (IA), que proporcionam avanços significativos na operação de segurança do Museu.
Será possível quantificar, em tempo real, o número de visitantes em cada sala expositiva, verificar quais as obras mais apreciadas e permitir a localização de crianças perdidas no Museu, por exemplo.
Para otimizar o fluxo de visitantes e expandir o hall de entrada, as benfeitorias incluem a substituição da porta principal, a instalação de novos detectores de metais, a adição de quatro monitores digitais para exibição da programação do museu e a criação de um novo guichê de informações.
O novo guarda-volumes tem acesso lateral, separado da entrada principal do Museu, para melhorar o fluxo de pessoas. O projeto inclui armários inteligentes, proporcionando maior eficiência e segurança para os visitantes. Já o MON Café passa a acomodar um maior número de pessoas e dispor de espaço adicional para eventos e reuniões.
A nova bilheteria, atualmente interna e reconfigurada, terá guichês próximos ao vidro, permitindo o atendimento às filas externas e melhorando a circulação entre o café, a bilheteria e a loja.
Uma reforma interna prevê aprimorar o fluxo, o mobiliário e a disposição dos itens da MON Loja. O local ganhou recentemente uma nova curadoria, assinada pela curitibana Ôda Design, que amplia o foco sobre o design paranaense e brasileiro.
Novas instalações
Outras benfeitorias realizadas recentemente pelo MON foram a instalação de elevador de acesso à sala expositiva do Olho e a criação de uma Sala de Acomodação Sensorial para o público autista.
No Auditório Poty Lazzarotto foram instaladas uma plataforma elevatória de acesso ao palco e poltronas para pessoas obesas, além da inclusão de espaços próprios para pessoas com cadeiras de rodas. Os banheiros do anfiteatro foram reformados e ganharam cabines com acessibilidade.