A filha de Ana Paula Campestrini e Wagner Oganauskas, Fabiola Campestrini Oganauskas, de 19 anos, foi ouvida como testemunha de defesa, na noite desta quinta-feira (23), durante o júri que apura a morte da empregada doméstica. O fato provocou revolta no advogado Jeffrey Chiquini, que representa a família de Ana Paula e atua na assistência de acusação: “Vocês estão usando a filha contra a mãe”.
O crime aconteceu em 22 de junho de 2021, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. Estão sendo julgados o ex-marido de Ana Paula Campestrini e ex-presidente do clube Morgenau, Wagner Oganauskas; e um amigo dele e também ex-diretor do clube, Marcos Antonio Ramon.
Fabiola Campestrini Oganauskas falou sobre a convivência com a mãe e como foi o processo de separação dos pais. Ela disse que vivia um momento delicado com a genitora, depois que Ana Campestrini foi viver com a namorada, Luana Melo.
“Eu não queria ir porque a gente não estava se dando bem. Eu estava triste pelas mentiras que ela sempre contava. E os meus irmãos logo depois por conta da namorada da minha mãe”, afirmou.
Jeffrey Chiquini então questionou: “Te fizeram vir hoje aqui para buscar a Justiça da tua mãe ou defender o seu pai?”
A menina então respondeu: “A Justiça da minha mãe e do meu pai”
Briga pela guarda dos filhos
Ana Campestrini moveu vários processos contra Wagner Oganauskas, para divisão de bens e ter a guarda compartilhada dos três filhos do casal.
Em uma das ações, ela conseguiu na Justiça o direito a ver as crianças, ato que não seria permitido pelo ex-marido. Chiquini perguntou para a filha do Casal se ela sabia da existência dessa decisão.
“Mesmo com multas diárias, seu pai descumpria a decisão judicial?”, indagou o advogado.
Esse questionamento deu início a uma discussão entre defesa e acusação. O advogado Elias Mattar Assad, que defende Oganauskas, interferiu.
“Excelência, protesto à mesa. O objetivo da audição da filha do casal não é que a acusação comece a informar ela de elementos dos autos. É perguntas e respostas. Depois nós vamos conversar com os jurados, no momento certo, o que significa o que eu estou afirmando aqui. Há uma revitimização, inclusive, que o senhor está promovendo aqui. Eu peço que o senhor modere esse tipo de estratégia que eu vejo que não ajuda em nada”, destacou.
Chiquini rebateu: “Vocês estão defendendo o pai pela vítima. Vocês estão usando a filha contra a mãe. Que vergonha”.
