O Coritiba inicia uma semana decisiva com uma das maiores crises institucionais dos últimos anos – que foram pródigos em crises institucionais. Lanterna do Campeonato Brasileiro, vindo de sete derrotas seguidas, emocionalmente instável, tecnicamente mal, com a SAF e a diretoria associativa contestadas, o Coxa passou neste final de semana digerindo mais três fatos. Na sexta, os muros do Couto Pereira foram pichados. No sábado (23), membros da torcida organizada foram ao CT da Graciosa cobrar jogadores e dirigentes. E ainda ressoam as declarações do técnico Thiago Kosloski.
Após a goleada sofrida para o Vasco por 5×1, na quinta-feira (21), o treinador do Coritiba fez críticas duras. Com mais sutileza do que o antecessor Antônio Carlos Zago, ele afirmou que taticamente não há muito mais a ser feito. “O problema não está na situação tática. Tudo já foi tentado. O problema é que quando você tem a bola você precisa ter calma e tranquilidade para não errar um passe, não errar um domínio, ter qualidade para finalizar a jogada”, afirmou Kosloski. O Coxa já usou 51 jogadores nesta temporada – o último a estrear foi o atacante espanhol Jesé Rodríguez.
Mas o técnico do Coritiba também foi alvo das críticas dos torcedores. Os muros do Couto Pereira foram pichados, com os principais alvos sendo a Treecorp, controladora da SAF alviverde, o executivo de futebol Artur Moraes e o presidente interino do clube, Glenn Stenger. E um grupo maior de integrantes da organizada Império Alviverde realizou o protesto já anunciado semanas atrás, ficando na porta do CT da Graciosa e hostilizando jogadores e dirigentes. Além disso, mais faixas contra Artur, Stenger e também contra o CEO Carlos Amodeo.
Tensão no Coritiba
Na chegada dos jogadores, muitas cobranças, e Kuscevic chegou a parar para falar com alguns torcedores. Quando Artur Moraes chegou ao CT, seu carro foi cercado. Imagens feitas e divulgadas pela própria organizada (veja abaixo) mostram o executivo do Coritiba olhando fixamente para frente enquanto ouve as críticas. Moraes, no entanto, não atendeu os apelos para conversar com quem estava no protesto. A Polícia Militar chegou a ser chamada, mas não houve ocorrências no local.
Pressionado, o Coritiba tem nesta semana o campeão da Copa do Brasil, o São Paulo, nesta quarta-feira (27), às 19h. E depois tem o Atletiba, domingo (1), às 16h, no Couto Pereira. As remotas chances de escapar do rebaixamento passam pelo maior número de pontos possível nestas duas partidas – ideal, claro, seria conquistar os seis pontos. Mas até o torcedor mais apaixonado desconfia do Coxa. “Ainda há chance. É muito difícil? Lógico que é, principalmente da forma como estamos performando“, resumiu o técnico Thiago Kosloski.
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Crise no Coritiba aumenta com protesto da torcida e falta de perspectivas
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