A campanha do Coritiba no Campeonato Brasileiro deixa a desejar em vários aspectos. Não à toa o time ocupa a incômoda lanterna da competição, com apenas 14 pontos ganhos em 21 rodadas. Mas se colocarmos uma lupa em detalhes da campanha alviverde, um ponto salta aos olhos. Em 39 participações do Coxa no Brasileirão, nunca a equipe teve um rendimento defensivo tão ruim como em 2023.
O Coritiba já levou 42 gols até agora neste campeonato. Uma média de dois gols sofridos por partida. Fruto das mudanças táticas seguidas que a defesa sofreu, jogando com dois ou três zagueiros, trocando peças incessantemente e com o rendimento ruim de diversos jogadores. A ponto de até jogadores de outros setores terem que ir ‘para trás’ – o caso mais evidente foi o de Robson, que jogou de ala nos tempos de Antônio Carlos Zago.
Nestes 21 jogos de Brasileirão, já estiveram em campo pelo Coxa os seguintes defensores: Gabriel, Luan Polli, Natanael, Diogo Barbosa, Hayner, Marcos Vinícius, Kuscevic, Henrique, Jean Pedroso, Thiago Dombroski, Reynaldo, Chancellor, Bruno Viana, Gustavo Vilar, Jamerson e Victor Luís. Dois goleiros, quatro laterais-direitos, oito zagueiros e dois laterais-esquerdos. Ao todo, 16 jogadores, e talvez apenas Jamerson seja poupado de críticas.
O Coritiba nos Brasileirões
Até agora, o pior campeonato em termos defensivos do Coritiba é o de 1977. O time terminou o Brasileirão na 49ª colocação (eram 62 participantes), sofrendo 23 gols em 13 jogos – média de 1,77 por partida – e eliminado na primeira fase da competição. Em contrapartida, o Coxa de 1973, considerado por muitos o maior da história, teve a melhor defesa em todas as participações no Campeonato Brasileiro. Foram 26 gols sofridos em 33 partidas, média de 0,7. Aquele time contava com Jairo, Orlando, Oberdâ, Cláudio Marques e Nilo na zaga, além de Hidalgo no meio-campo.
Na era dos pontos corridos, iniciada em 2003, o melhor rendimento do Coritiba foi em 2004. O time treinado por Antônio Lopes sofreu 48 gols nas 46 rodadas do Brasileirão daquele ano, média de 1,04. A defesa alviverde à época tinha Fernando Prass, Rafinha, Miranda, Reginaldo Nascimento e Adriano, com Roberto Brum como volante.
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