Um áudio publicado pela imprensa argentina mostra um dos líderes da torcida organizada do Boca Juniors ameaçando torcedores do Fluminense, na véspera da final da Copa Libertadores entre os dois times, no Maracanã. A Conmebol convocou para esta sexta-feira (3) uma reunião com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a AFA (equivalente argentino da CBF), o Fluminense e o Boca Juniors.
“Peço que esperem a nossa chegada, e que os fluminenses venham até nós. Nós três (líderes da organizada) vamos à frente da torcida, da gente comum, vamos defender a toda a gente do Boca nós mesmos. Mas que os torcedores do Fluminense venham nos procurar. Quando chegarmos, que venham. Estão obrigados a brigar com a torcida do Boca. Torcida com torcida, não briguem com as pessoas comuns”, diz Marcelo Aravena, da La 12, na gravação, revelada pelo jornalista argentino Flavio Azzaro.
Na quinta (2), nove torcedores foram detidos em dois diferentes focos de confusão entre torcedores em Copacabana. Segundo a Polícia Militar, foram sete argentinos e dois brasileiros. A Polícia Civil diz que as nove pessoas detidas em Copacabana foram autuadas e liberadas, “tendo em vista que nenhuma vítima se apresentou nas unidades” e que os casos estão sendo investigados.
Libertadores virou guerra?
Depois da confusão, a Conmebol, organizadora do torneio, divulgou nota em suas redes sociais, pedindo que torcedores dos dois finalistas da Libertadores mantenham a paz. “A Conmebol faz um chamado aos torcedores do Boca Juniors e do Fluminense a compartilharem juntos momentos de alegria e celebração que o nosso futebol nos proporciona. Os valores do esporte que tanto amamos devem inspirar um comportamento pacífico e harmonioso. Portanto, repudiamos quaisquer atos de violência e racismo que possam ocorrer no contexto desta final”.
A PM afirma que o policiamento terá mais de 2.240 policiais para atuação na área do Maracanã na final da Libertadores – nos locais de concentração das duas torcidas, nos principais pontos de entrada da cidade e centros de treinamentos e hotéis onde estarão hospedadas as delegações. “Agentes do Serviço de Inteligência da Corporação estarão monitorando as redes sociais para acompanhar possíveis mobilizações de torcidas organizadas, visando evitar confrontos entre grupos de torcedores rivais”, diz o texto.

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Brigas generalizadas ameaçam final da Libertadores
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