O governo do Paraná decidiu criar um comitê de segurança escolar após os rumores de ataques pelo estado. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (13) no Palácio Iguaçu.
O protocolo para escolas e forças de segurança foi criado após diversas ameaças que surgiram, depois que quatro crianças foram mortas e cinco ficaram feridas em uma creche de Blumenau (SC).
Entre as medidas está o reforço no policiamento. Ao todo, 5.600 policiais vão atender 2.200 unidades de ensino. Além disso, todas as viaturas que não estiverem em atendimento de ocorrências devem ficar, preferencialmente, em frente às escolas.
“Primeiro é importante a gente falar com os pais e com a sociedade como um todo que no ambiente público o lugar mais seguro são as escolas. É mais seguro que a rua na frente de casa, mais seguro que muitas vezes a criança estar andando sem nenhum destino no dia a dia fora da escola. Então, temos que levar tranquilidade dizendo que a escola sempre foi um ambiente extremamente seguro”, considerou Ratinho Junior.
O Estado também liberou R$ 20 milhões de recursos para as escolas aplicarem em sistemas de segurança, como a implantação de um aplicativo que faz o acionamento de equipes de segurança em caso de necessidade.
“O botão, que é um aplicativo de segurança pública, está sendo conveniado com todas as escolas para qualquer movimento estranho, em que o diretor ou o professor entenda que é necessário chamar também um profissional da segurança pública ou um reforço diretamente ligado ao aplicativo da Polícia Militar”, explicou o governador.
Além disso, a Secretaria de Estado de Educação (SEED) vai ampliar de 206 para 400 escolas cívico-militar.
Conforme o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, todas as equipes pedagógicas passarão por um treinamento para identificar situações de risco.
“O primeiro passo foi orientar todos os diretores e equipe pedagógica das escolas no sentido de procedimento. Primeiro é procurar a Patrulha Escolar e a força policial quando for um caso constatado”, detalhou.
O estado também vai contratar psicólogos para atendimento à comunidade escolar. Serão 40 profissionais formados, além de 200 estudantes na fase final do curso.
“Esses 40 profissionais vão ficar nos Núcleos Regionais de Educação dando amparo aos diretores, aos professores, e até casos de bullying, em que seja necessário esse amparado psicológico e eles vão coordenar 200 bolsistas estudantes de medicina que estão no final do curso. Esses bolsistas farão visitas periódicas a escolas”, afirmou.
Por fim, o governador pediu a ajuda dos pais e responsáveis.
“É importante o monitoramento do pai e da mãe. Não dá para jogar a responsabilidade para o professor ou para o diretor. O professor e o diretor fazem o seu trabalho no dia a dia pedagógico de organizar a escola. O pai tem que olhar a bolsa do seu filho, o comportamento dentro de casa e o que ele está fazendo nas redes sociais”, pediu.