O Coritiba tenta se equilibrar em uma corda-bamba. No mercado financeiro, a Treecorp, dona da SAF alviverde, tenta mostrar a viabilidade do projeto para possíveis investidores. Nos bastidores, o fundo de investimentos é o alvo das críticas da torcida. E, em campo, é preciso somar pontos para escapar do rebaixamento e virar um cenário de 97% de risco de cair para a segunda divisão em 2024.

Após a apresentação formal do projeto SAF do Coritiba para investidores, na última terça-feira (3), a Treecorp vai continuar no mercado buscando mais parceiros. O plano da empresa é transformar o Coxa em um empreendimento com resultados em campo e com lucro para quem colocar seu dinheiro. O primeiro estágio, entretanto, está sob risco. O fundo de investimentos previa que até 2025, haveria a consolidação na primeira divisão do Campeonato Brasileiro e a participação constante na Copa Sul-Americana.

Mas o rebaixamento ameaça o Coritiba. Após a vitória no clássico diante do Athletico, no domingo (1), o Coxa reduziu a distância para sair da zona da degola em um ponto – de 11 para 10. Com 13 jogos a disputar no Campeonato Brasileiro, o risco até caiu, mas ainda é de 97%, segundo o matemático Tristão Garcia. E a torcida segue cobrando a Treecorp, por conta dos erros nas contratações e pela falta de velocidade nas tomadas de decisão, como os quase dois meses para contratar Slimani.

Coritiba do futuro

Apesar das dificuldades, a Treecorp planeja um futuro de sucesso para o Coritiba. De 2026 até 2028, o projeto é ficar definitivamente entre os dez primeiros do Brasileirão, subindo um degrau na correlação de forças do nosso futebol. Com isso, o Coritiba também prevê passar a ter constância em participações na Copa Libertadores (o Coxa só participou duas vezes do torneio). E até 2031 o plano do fundo de investimentos é tornar o clube autossustentável, tendo 100 mil sócios, um CT novo e a presença definitiva entre os grandes do País.

No planejamento para o Coritiba dos próximos dez anos, a Treecorp quer chegar em 2033 entregando ao clube a reconstrução do Couto Pereira. E fazendo do Coxa um ativo mais valioso – tanto para o crescimento do projeto quanto para uma possível revenda. Mas para isso será preciso vencer os obstáculos imediatos, permanecendo na Série A e mudando a atual visão dos torcedores sobre a SAF.

Sócios da Treecorp, que compraram a SAF do Coritiba.
Danilo Just Soares, Bruno Levi D’Ancona e Filipe Lomonaco, os sócios majoritários da Treecorp. Foto: Divulgação

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Coritiba: em meio à busca por investidores, Treecorp segue pressionada pela torcida

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