A passagem de Matheus Frizzo pelo Coritiba começou ainda melhor do que a encomenda. Em quatro jogos disputados com a camisa alviverde até aqui, o meia-atacante já marcou três gols. Número esse, inclusive, superior ao registrado por Marcelino Moreno, seu antecessor no meio-campo, durante toda a sua passagem pelo Alto da Glória. E com uma diferença considerável: o argentino atuou em 45 partidas.
Apesar de contratado ainda com Moreno no elenco, Frizzo chegou já como um substituto em potencial do antigo camisa 10. E, mesmo com pouco tempo de casa, o número 20 começou a entregar algo que era muito cobrado do argentino em sua passagem pelo Coritiba: as participações em gols. Ao todo, Moreno balançou às redes apenas duas vezes e deu quatro assistência ao longo da última temporada.
Vale ressaltar que apesar das posições serem semelhantes, as características são distintas. Enquanto Frizzo é um meio-campista mais tradicional e objetivo, Moreno atuava majoritariamente pelas pontas no Coritiba, com um estilo habilidoso. No entanto, ambos exercem o “papel de 10”, como criador de jogadas. E, dentro deste perfil, o atual jogador coxa-branca já mostrou poder de decisão que o torcedor sentiu falta no argentino, principalmente pela diferença de “pompa”.
Expectativas diferentes no Coritiba
O Coritiba contratou Moreno para ser a sua referência técnica e principal jogador em ano de disputa de Série A. Assim que chegou ao Alto da Glória, o argentino já vestiu a 10 e gerou grandes expectativas no torcedor. Frizzo, por outro lado, veio ao Alviverde após boa temporada na Tombense, que acabou rebaixada à Série C. Assim como outros atletas contratados, ele preencheu o pré-requisito de conhecer a Segundona, principal foco do clube na atual temporada. Ou seja, os jogadores chegaram com status bem diferentes, o que faz com que o números chamem ainda mais atenção.
Outro ponto a se destacar é o custo-benefício. Frizzo chegou por empréstimo ao Coritiba, com opção de compra fixada ao final do contrato. Moreno, por sua vez, custou cerca de R$ 15 milhões aos cofres do Alviverde no ano passado, valor que o clube conseguiu recuperar na venda para o Lanús. Se contar também os salários, a diferença de custos entre os atletas para o Coxa é extremamente considerável.