O idoso Damião Rodrigues Pereira, de 79 anos, foi identificado como a vítima fatal do atropelamento ocorrido na noite da última quinta-feira (4), na Avenida Comendador Franco, em Curitiba. Na ocasião, informações repassadas à Banda B descreviam que a vítima teria aproximadamente 40 anos, o que foi posteriormente negado pelas autoridades. A família procurou a Banda B, nesta segunda-feira (8), e afirmou que espera respostas para o acidente.
De acordo com o relato do motociclista envolvido, Damião surgiu de surpresa e não foi possível desviar em razão da forte chuva que caía na região. O piloto prestou socorro e depois depoimento ao Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran).
A filha, Juciane Rodrigues Pereira, disse à Banda B que o idoso morava no bairro Uberaba, no mesmo terreno em que a irmã dela.
“Eu visitava ele um dia sim e um dia não. Na sexta, porém, já não o encontrei. Fiquei preocupada, porque meu pai estava sempre em casa. Depois de começar a procurar, uma pessoa me informou que ele poderia ter sido vítima deste acidente, então comecei a correr atrás. O IML [Instituto Médico Legal] também citava que a pessoa teria cerca de 40 anos, mas a biometria confirmou a identidade do meu pai, de 79”, contou.
Antes de confirmar a identidade, a família chegou a registrar o desaparecimento. Consta no boletim de ocorrência, que Damião teria deficiência motora.
Emily Rodrigues Bárbara é neta da vítima. Segundo ela, o motociclista descreveu em depoimento que o idoso teria dado voz de assalto antes do atropelamento, o que para a família, é impossível.
“Ele não mexia uma das mãos, que era paralisada, tinha uma perna menor que a outra e mal conseguia se comunicar. Nós agora estamos buscando imagens para comprovar que ele estava com confusão mental e não poderia responder por si só. Queremos saber exatamente o que aconteceu”, explicou.
Além da idade, a família também questiona outras informações a que teve acesso, como a informação de que Damião seria morador de rua.
Tornozeleira
A vítima, como constatado pela Banda B no local, usava tornozeleira eletrônica. A família, porém, afirma que o crime é antigo e ele estava perto de encerrar o cumprimento da pena.
Sorvetes no Barigui
Ao longo dos 79 anos de vida, por 4 décadas Damião atuou como vendedor ambulante. Um dos principais locais de venda, era o Parque Barigui.
Damião também era bastante conhecido e respeitado na região da Vila das Torres.
“Tanto a região da Vila Reno, quanto do Capanema, ficou bastante abalada com a morte dele. Todos conheciam as dificuldades que tinha para andar e falar. Temos bastante gente que pode nos ajudar”, concluiu Emily.