A família da psicóloga Janine Ataíde Massolin, de 61 anos, decidiu criar uma campanha de arrecadação para comprar uma cama motorizada. A mulher, que vive no bairro Bacacheri, em Curitiba, foi diagnosticada com paralisia supranuclear progressiva, doença neurodegenerativa e incurável (entenda abaixo).

Em entrevista à Banda B, o marido de Janine disse que a vida da família mudou desde que ela passou a apresentar sinais da grave doença. Segundo ele, a esposa recebeu o diagnóstico em 2019 e passou a “depender totalmente de outras pessoas”. Ela atuava em diversos projetos sociais.

Foto: Arquivo pessoal

“Essa doença causou paralisia total no corpo. Ela precisa de sonda urinária, lavagem intestinal três vezes por semana e não reconhece mais ninguém. Até achávamos que era Alzheimer, mas não é”, explicou Lori Massolin Filho, de 63 anos.

A cama motorizada auxiliará na comodidade da esposa, além de fazer com que Lori Massolin não levante peso. “Tenho feito muito esforço físico e vou fazer uma cirurgia de hérnia por isso”, acrescentou.

Como ajudar

Para doar qualquer quantia à família Massolin, acesse o link da vaquinha online clicando aqui. A meta é atingir R$ 8,5 mil. Por volta das 9h10 desta segunda-feira (1º), eles haviam arrecadado R$ 365.

É possível também entrar em contato com Lori Filho por meio do telefone (41) 99682-5101.

Entenda a doença

A paralisia supranuclear progressiva (PSP) é uma doença neurodegenerativa que se manifesta por paralisia ocular, motoras e mentais. A rigidez progressiva, instabilidade postural e demência são sinais iniciais da doença que não tem cura.

De acordo com pesquisadores, a doença comumente afeta pacientes com idades entre 50 e 70 anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a doença atinge cerca de 7 pacientes em cada 100 mil habitantes. Além disso, demanda cuidados de profissionais da neurologia, pneumologia, geriatria, psicologia e outros.

O Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame dos Estados Unidos destaca que a PSP se difere da doença de Parkinson, embora compartilhem alguns sintomas. “A PSP geralmente começa no final da meia-idade e piora com o tempo, com incapacidade grave ocorrendo dentro de três a cinco anos após o início. A doença pode levar a complicações graves, como pneumonia, asfixia, traumatismo craniano e fraturas”, explica o órgão.

Atualmente não existem testes ou exames de imagem cerebral que possibilitam o diagnóstico, mas o histórico e sintomas são analisados pelos médicos durante exames físicos e neurológicos. “O diagnóstico por imagem pode mostrar encolhimento na parte superior do tronco cerebral e ajudar os médicos a examinar a atividade cerebral em áreas conhecidas de degeneração”, explica o instituto.

Veja outros sinais da doença:

  • Quedas
  • Disfagia
  • Problemas nutricionais
  • Pneumonia aspiratória
  • Redução na capacidade de piscar
  • Paralisia vertical
  • Salivação excessiva
  • Apraxia da abertura palpebral