Foi um momento de provocar espasmos de felicidade e palpitações. A americana Louise Chavez estava fazendo seu joguinho habitual no cassino Fortune Valley, em Central City, Estado do Colorado, no centro-oeste americano. De repente, a máquina fez um barulhinho. Luzes se acenderam e ficaram piscando. Louise, que faz companhia a idosos e recebe cerca de US$ 1.000 (R$ 1780) pelo trabalho, olhou para a tela. Checou, verificou e ainda perguntou a funcionários, eufórica:
– É isso mesmo? Ganhei tudo isso? Minha nossa!, berrou, pondo a mão no peito e dando gargalhada.
A geringonça caça-níqueis tinha exibido o prêmio da jogadora: US$ 42.949.673 (R$ 76.471.892). Ainda sem fôlego, Louise foi perguntar ao gerente como, quando e de que maneira receberia a bolada. Já estava pensando em viagens a ilhas paradisíacas no Caribe, carros de luxo, apartamentos em Los Angeles, compras em Dubai, vinhos em Paris, jantares com caviar, uma vida tranquila de magnata.
Para a imensa desolação de Louise, aquilo era tudo uma pegadinha, um 1º de Abril eletrônico – um defeito no computador da máquina, que pregou sem querer uma peça na senhora. Pelo menos foi o que explicou um responsável pelo cassino.
Milionária por alguns minutos, Louise demorou para se recuperar da frustração. Como consolo, recebeu míseros R$ 35, direito a um jantar no local e uma noite no hotel da rede – naturalmente, num quarto comum, não na suíte presidencial.
Louise concordou em ficar com esses trocados, mas foi reclamar à polícia. Oficiais estão investigando o caso. Até recolheram a máquina enganadora para verificar o que houve.
– Quase morri do coração. Chorei muito. Estou muito desapontada e revoltada, contou Louise às emissoras de TV locais.
O diretor de comunicação do cassino, Joe Behm, tentou se explicar:
– Isso nunca aconteceu nos mais de 15 anos de funcionamento do cassino. Não gostamos que isso ocorra. Queremos o melhor para nossos clientes.
Não é o que acha a pobre Louise, que promete nunca mais jogar nesse lugar – em 1 º de abril e em qualquer data. Ela promete processar o estabelecimento. Se tiver sorte, ganha um décimo da bolada.
