A advogada e influenciadora Deolane Bezerra foi solta nesta segunda-feira (9), após passar cinco dias presa em Recife (PE). A empresária foi presa na quarta-feira (4) em uma operação contra uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais.
A mãe dela também foi presa na operação e chegou a passar mal enquanto prestava depoimento na delegacia. Solange Alves continua presa na Colônia Penal Feminina do Recife.
Além de Recife, a operação “Integration” foi deflagrada em Curitiba, Cascavel, Goiânia (GO), Barueri (SP) e Campina Grande (PB). Ao todo, foram 19 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão.
A Polícia Civil de Pernambuco informou à Banda B que a Justiça realizou o sequestro de bens de carros de luxo, embarcações, imóveis e dinheiro. Além disso, afirmou que houve o bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões.
Segundo a polícia, um Lamborghini Urus foi o pivô da prisão de Deolane, que ostentava nas redes sociais o carro de luxo avaliado em R$ 3,8 milhões. O veículo, que pertencia à empresa Esportes da Sorte, foi comprado em 2023 e revendido pouco tempo depois, o que levantou suspeitas da polícia.
Tornozeleira eletrônica
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a juíza Andréa Calado da Cruz que decretou a prisão da influenciadora, disse que as medidas precisavam ser aplicadas com urgência para evitar que “os investigados se desfaçam dos bens produto do crime ou adquiridos com recursos obtidos por meios criminosos”.
Por conta disso, Deolane foi solta, mas com a condição imposta pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) de prisão domiciliar. De acordo com a decisão do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal, Deolane vai ter que usar tornozeleira eletrônica enquanto estiver em prisão domiciliar.
Ela também não pode contato com outros investigados e fique em endereço residencial, inclusive nos finais de semana e feriados. A decisão também proibe que Deolane se manifeste em redes sociais ou pela imprensa.
“Há indícios suficientes do cometimento do crime de lavagem de capitais”, disse a juíza na decisão. Segundo ela, a compra e a venda do Lamborghini “sugere uma tentativa de ocultar e disfarçar a origem ilícita dos recursos” e que a “a compra e venda rápida de um bem de alto valor é um método clássico de lavagem de dinheiro”.
O empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da casa de apostas Esportes da Sorte, também foi preso após se entregar à polícia. A empresa dele é apontada como principal agente no esquema de lavagem de dinheiro.