Katiuscia Canoro, 44, em entrevista ao podcast Papagaio Falante, de Sérgio Mallandro e Renato Rabelo.
Salário do Zorra Total (Globo) era baixo e atriz passava perrengue. “Eu cheguei no Zorra, eu ganhava R$ 2 mil de salário. Eu pagava R$ 700 de aluguel. Eu não podia ir de ônibus para o Projac porque as pessoas me reconheciam, e eu não tinha dinheiro para pegar táxi. Eu ia ligando para as pessoas para pegar carona”.
Katiuscia ainda se sentia presa pelo programa que a limitou ao mesmo papel por anos. “O que eu não gostava era saber que eu ia ficar presa naquilo. Não conseguia sair muito. Era uma visão um pouco limitada do que a gente pode fazer no humor. Eles subestimavam muito o público. Se dessem mais abertura, mais liberdade, a gente podia oferecer outras coisas. É complicado porque a empresa acha que isso não vai dinheiro, então”.
Saída do Zorra Total. “Eu já queria sair há muito tempo, só que eu tinha um contrato longo. Aí, quando eu pedi para sair, o [diretor Maurício] Sherman ficou louco! Falou: ‘Não, você não vai sair de jeito nenhum’. Eu estava sofrendo com a minha liberdade”.
Ela também contou que Maurício Sherman, diretor de televisão, foi o motivo dela não fazer novela. “Seria difícil, naquela época, fazer novela. O Maurício cuidava muito da gente e tinha ciúme. Não gostava que a gente fizesse novela. A gente não podia fazer”.