O jovem João Pedro, de 20 anos, que no início de outubro atropelou e matou Adriana da Rocha Narciso, de 42 anos, e feriu outras três pessoas no bairro Iguaçu, em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, foi preso na manhã desta quinta-feira (23). Na ocasião do acidente, ele havia fugido sem prestar socorro.

Segundo o delegado Paulo Cézar Ribeiro, responsável pelo caso, o suspeito foi preso em casa, após ter a prisão preventiva decretada pela Justiça. A prisão acontece cerca de 20 dias após o jovem, supostamente embriagado, confraternizar com as vítimas em uma distribuidora de bebidas e atropelá-las a caminho de casa.

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Adriana da Rocha Narcizo tinha 42 anos e foi morta atropelada enquanto voltava com o marido e outras duas pessoas de uma confraternização — Foto: Reprodução

A dona do estabelecimento contou que o grupo permaneceu no local por cerca de 30 minutos, consumindo cerveja. Todos se conheciam e eram vizinhos. Após a confraternização, o suspeito deixou o local dirigindo.

“O condutor pegou um Honda Civic que não era de sua propriedade — era de familiares — e deliberadamente atingiu as pessoas que transitavam na rua, vindo a causar a morte da Adriana Rocha Narciso por politraumatismo”, afirmou o delegado à Banda B.

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Suspeito foi preso em casa, cerca de 20 dias depois do atropelamento que matou Adriana — Foto: Reprodução/Polícia Civil

Depois do atropelamento, João Pedro fugiu sem prestar socorro às vítimas. O marido de Adriana, Ronaldo Kovalski, também foi atropelado e recebeu alta logo em seguida. Outras duas pessoas, conhecidas do casal, sofreram ferimentos leves.

“O rapaz que atropelou a gente é conhecido. Conhecemos ele e a família dele. Era rotina dele ficar naquela distribuidora. Nós passávamos lá sempre. Não sei como vou continuar… Foram 20 anos com a Adriana, todos os dias juntos”, disse Ronaldo.

As investigações apontam que o veículo usado por ele não estava em condições apropriadas para trafegar.

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Jovem atropelou e passou por cima das vítimas com o carro; em seguida, fugiu sem prestar socorro — Foto: Reprodução/Ric RECORD

“O pneu não estava em condições de rodagem. No entanto, o freio, que era o instrumento que ele poderia ter utilizado no momento do atropelamento, estava em perfeitas condições de uso”, acrescentou Ribeiro.

Na delegacia, ele preferiu ficar em silêncio. “Provavelmente será indiciado pelo crime de homicídio com dólar eventual”, disse o delegado. A Banda B tenta contato com a defesa dele.