A Polícia Civil explicou, nesta segunda-feira (12), o motivo de o motorista que atropelou e matou Ercília Maria Wippel, 51 anos, não ter ficado preso. Segundo o delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), apenas foi seguido o que prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Apesar disso, o motorista vai responder pelo acidente da mesma forma.

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Foto: Djalma Malaquias/Banda B.

O atropelamento de Ercília aconteceu na madrugada de sábado (10), na Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, no bairro Mossunguê, em Curitiba. Ela estava a caminho do trabalho, quando foi atingida pelo motorista de um Polo que, além de atropelar, ainda passou com o carro por cima do corpo. 

Duas câmeras de segurança flagraram o atropelamento. Através das imagens, é possível ver que o Polo atinge Ercília, que é arremessada. Antes de parar, o carro ainda passa por cima do corpo da mulher.

O delegado Edgar Santana disse que o condutor, de 19 anos, foi levado à Dedetran. Mas foi apenas ouvido.

“O condutor do veículo foi conduzido à unidade policial, durante o interrogatório ele afirmou que passou a noite na casa de um amigo em uma noite de jogos e que não consumiu bebida alcoólica e nenhuma outra substância psicoativa”, contou o delegado Edgar Santana.

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Foto: Reprodução/Câmera de Segurança.

Ele afirmou aos policiais que o sinal estava verde para ele e que a vítima teria atravessado a via de forma repentina e muito rápida. Após o acidente, o motorista ficou no local e prestou atendimento, por isso não foi preso.

“Segundo relato dos policiais militares, ele se recusou a fazer o bafômetro e o policial militar não observou nenhum sinal típico de embriaguez, razão pela qual não foi feito o auto de prisão em flagrante do indivíduo. O Código de Trânsito prevê um dispositivo que aquela pessoa que permanece no local do acidente com vítima e presta todo amparo necessário não seja presa em flagrante”, explicou Edgar Santana.

Isso não significa dizer, porém, que o motorista não vá responder pelo acidente. 

“O inquérito foi instaurado e vamos tomar todas as providências necessárias para a conclusão. As imagens serão encaminhadas ao Instituto de Criminalística para que verifiquem se é possível ou não constatar eventual excesso de velocidade”, concluiu o delegado.

Por conta da recusa em fazer o bafômetro, o motorista recebeu uma infração gravíssima, com multa de R$ 2.934,70 e a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O corpo de Ercília foi sepultado na tarde de domingo (11), em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.