O servidor estadual acusado de estuprar uma adolescente, de 14 anos, durante a festa de aniversário da própria filha, no sábado (28), em Curitiba, foi exonerado do cargo após a Banda B revelar a prisão dele.
Em nota, o Governo do Paraná afirmou à reportagem que a Casa Civil determinou o desligamento do funcionário público nesta segunda-feira (30). “Assim que foi informada da prisão de um servidor neste sábado, a Casa Civil do Governo do Paraná determinou a sua exoneração. A Polícia Civil ficará responsável pela investigação”, disse.
O homem, de 57 anos, atuava na Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Seic) desde 2023. Antes, ele trabalhava como comissionado na Casa Civil. O último salário bruto recebido por ele, em agosto, foi de R$ 7.860,12.
Ele foi preso em flagrante sob a suspeita de ter violentado sexualmente da adolescente durante a festa de aniversário da própria filha. A vítima era amiga da filha do suspeito.
O pai da vítima relatou à Banda B que o suspeito embebedou a jovem com whisky e vodca durante a festa, em um sobrado situado no bairro Barreirinha. Em seguida, a menina foi levada para um quarto, onde permaneceu sozinha por um tempo e foi estuprada na sequência. De acordo com boletim de ocorrência sobre o episódio, a adolescente contou ter sido levada para o quarto pelo pai da amiga.
“Deixei minha filha em uma festa de aniversário de uma colega da escola por volta das 17h30. Lá por 21h, começaram a mandar mensagem para a minha esposa deixar ela dormir na casa onde estava acontecendo a festa. Minha esposa não deixa ela dormir fora. Quando pararam de enviar mensagem, minha esposa foi buscar ela”, iniciou o pai da adolescente.
Ao chegar na casa, a mãe se deparou com a filha sendo “arrastada” por duas mulheres. “Depois, uma menina trouxe a roupa dela. Minha filha estava extremamente bêbada”, disse o pai. O crime foi relatado pela própria vítima após ela recobrar a consciência em casa. Ela revelou que o pai da amiga a ameaçou de morte ao ordenar que não contasse sobre o ocorrido para ninguém.
“Eu voltei com a polícia para a casa dele enquanto minha esposa levava nossa filha para o hospital, onde foi comprovado que houve o estupro. Ele foi preso em flagrante. Foi um tumulto para prender ele. A esposa dele e outras pessoas partiram para cima da gente achando que ele tinha razão. Depois que saiu o exame, ficaram quietos”, descreveu o pai da vítima.
Segundo a Polícia Civil, outras viaturas foram acionadas para auxiliar na ocorrência devido ao tumulto.
A menina deverá passar por acompanhamento psicológico. O servidor foi encaminhado ao presídio, e a Banda B tenta estabelecer contato com a defesa dele.