Adriano Marcelino Pereira, de 28 anos, morreu na tarde desta terça-feira (22), em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), após três dias intubado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Rocio, na cidade. Ele foi agredido dentro do Ginásio Polentão, em Rondinha, na madrugada de sábado (19), onde acontecia o show da dupla sertaneja Bruno e Barreto.

Adriano Marcelino Pereira morreu dois dias depois, no Hospital do Rocio, em Campo Largo.
Foto: Reprodução.

Dois homens contratados para fazer a segurança do evento são apontados como autores das agressões. Uma foto do momento em que Marcelino foi imobilizado no chão por dois seguranças foi divulgada nas redes sociais e causou bastante repercussão.

“Em um dado momento, ele [Adriano] foi contido por alguns seguranças e esses seguranças começaram a agredi-lo. E nessa agressão ele bateu a cabeça e foi encaminhado pelo Samu para o Hospital do Rocio”,

conta o o investigador Rodrigo Podegurski, da 3ª DRP de Campo Largo, que investiga o caso.

De acordo com testemunhas, Adriano teria recebido um soco, caído desacordado, batido a cabeça e que, ainda assim, os seguranças teriam continuado com as agressões. Conforme os relatos, o rapaz não teria tido nenhuma atitude que pudesse ter motivado a ação da dupla.

Ele teria apenas tentado, segundo as testemunhas, falar com a ex-esposa no evento, o que poderia ter chamado a atenção dos seguranças.

Investigação

Os homens foram identificados e ouvidos na delegacia de Campo Largo, acompanhados de seus advogados. De acordo com Podegurski, durante as investigações foi verificado que os seguranças e a empresa contratante atuavam sem licença.

“Na investigação, conseguimos levantar que a empresa não tinha licença para atuar, porque era uma Micro Empreendedor Individual (MEI) e o seguranças também não tinham licença, que é uma carteirinha da Polícia Federal para atuar como seguranças. Os mesmos estavam atuando na informalidade”,

relata o investigador.

O promotor do evento também foi ouvido. “Agora estamos aguardando mais documentações referentes ao pedido das câmeras, que fizemos ao Ginásio Polentão, para chegar à dinâmica dessa discussão e dessas agressões que ocorreram em seu interior”, explica Podegurski.

Nesta quinta-feira (23), serão ouvidos o responsável pelo show e o responsável pelo aluguel do ginásio.

Nota oficial

A empresa arrendatária e gestora do Ginásio Polentão publicou uma nota oficial em seu perfil nas redes sociais sobre o caso.

No texto, a Spréa Sports Ltda manifesta pesar pela morte de Adriano Marcelino Pereira e se coloca à disposição para esclarecimentos que possam contribuir com as investigações. A empresa explica, ainda, que o evento foi realizado por uma empresa terceirizada.

“Por oportuno, salientamos novamente que a Spréa Sports Ltda não teve qualquer participação na organização do fatídico evento, que foi realizado exclusivamente por empresa terceira.”

Confira abaixo a nota na íntegra: