Quatro pessoas foram mantidas reféns por cerca de três horas na noite desta quarta-feira (22) em um assalto a uma loja de confecções no bairro Xaxim, em Curitiba. Todos foram liberados e dois homens acabaram presos em flagrante pela equipe de negociação do Batalhão de Operações Policiais (Bope). Um conseguiu fugir, pouco antes da chegada da Polícia Militar (vídeo abaixo).

 

Sequestro aconteceu em uma loja de confecções. Foto: Banda B

 

O trio de criminosos entrou na loja por volta das 20 horas, no momento em que o filho do casal, dono do estabelecimento, abriu o portão para sair. “A loja já estava fechada, eu estava conversando com uma amiga que trouxe materiais para a confecção de máscara para um lar de idosos. Durante a conversa, passaram esses rapazes, nosso filho ia sair, nós abrimos o portão e nisso eles abordaram com as armas. Eu e a minha amiga gritamos porque nos assustamos e eles mandaram a gente calar e todos entrar”, contou à Banda B a costureira, proprietária de loja de confecções, que tem 58 anos, após o desfecho.

 

Bope foi acionado para as negociações. Foto: Banda B

 

Além dela, o marido de 63 anos, o filho de 32 e uma cliente de 54 anos estavam no local e foram mantidos reféns. Dentro da loja, onde a família mora em uma casa aos fundos, as ameaças começaram. “Eles diziam que tinham informações de que a gente tinha dinheiro guardado em casa, a gente disse que não tinha dinheiro. Eles não foram violentos, um deles me pegou pelo cabelo porque eu gritei, mas eles não fizeram mais nada”, completou.

O marido da costureira garantiu que os bandidos não foram violentos e que, já no fim do sequestro, conversavam tranquilamente com eles. “Eu estava tranquilo, eles estavam ameaçando matar e tudo mais, mas sem agressão. Depois disseram que não iam fazer mal para a gente. Quando a polícia chegou, eles se desesperaram, nós fomos lá trás e eu mostrei por onde eles poderiam escapar, mas tinha um muro de três metros e a cerca elétrica ligada. Um deles foi, mas os outros disseram que não dava e então teriam de se entregar”, detalhou o marido da costureira.

Um dos criminosos conseguiu pular o muro e fugiu, antes da chegada da primeira viatura da Polícia Militar (PM). Um vizinho ouviu o grito da costureira, assim que foi abordada pelos suspeitos, e acionou a policia. Depois de confirmarem o sequestro, uma equipe do Bope foi acionada, especialista em negociação.

O capitão Antonio do Bope disse que a negociação foi tranquila, com poucas exigências. “Foi uma tentativa de roubo a uma loja de confecções, três indivíduos renderam a família aqui na loja. A Polícia Militar foi acionada e um deles fugiu, antes mesmo da chegada da PM, pelos fundos. Os dois ficaram aqui. Eles queriam a garantia da integridade física deles, mas isso é de praxe, desde que não haja investimento contra a equipe. Essa negociação teve a exigência da presença de algumas pessoas, dentro de um quadro técnico foi concebida essas exigências para que a negociação tivesse êxito”, detalhou à Banda B.

Presos

 

Dupla estava com simulacro. Foto: Banda B

 

A exigência dos suspeitos era a presença da mãe de um deles e do advogado, que seria o padrasto dele. Depois da rendição, eles foram levados a Central de Flagrantes. Na delegacia, a polícia descobriu que ambos usavam simulacro – armas de brinquedo. Eles possuem passagem pela polícia, mas não há detalhes sobre os crimes passados.

Os reféns foram atendidos por uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), mas não tiveram intercorrências graves.

Vídeo

Assista ao vídeo do momento em que o terceiro envolvido consegue fugir da loja de confecção, minutos antes da chegada da PM.

 

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Quatro pessoas são mantidas reféns em assalto a loja de confecção em Curitiba

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