Da Polícia Civil

(Fotos: Divulgação Polícia Civil)

Seis empresas de diversos ramos foram vistoriadas nesta quarta-feira (25), em uma ação conjunta entre a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) da capital e a Companhia Paranaense de Eletricidade (Copel) com o intuito de apurar indícios de fraude e furto de energia por parte de estabelecimentos em Curitiba, São José dos Pinhais e Fazenda Rio Grande. Durante a operação, seis pessoas foram conduzidas à delegacia para prestar depoimentos, entre elas, quatro empresários que foram presos em flagrante e dois funcionários que foram ouvidos e liberados.

De acordo com as investigações – que duraram um mês –, as empresas atuam nos ramos alimentício e moveleiro, além de uma gráfica. Durante a abordagem em um galpão de móveis no município de Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), os técnicos da Copel tiveram de quebrar um muro para comprovar a fraude. A empresa já desviava energia há mais de dois anos.

“O furto de energia elétrica é um crime grave. Não somente pelo prejuízo financeiro que causa (para os cofres públicos e também para a população que vê encarecer a tarifa), mas, principalmente, pelo risco que as ligações clandestinas podem vir a causar nos imóveis do infrator e vizinhos”, alertou o delegado responsável pela operação, Emmanuel David.

O delegado lembra também que o furto provoca um desequilíbrio no comércio, afinal, é uma concorrência desleal, pois aquele comerciante que mantém sua atividade regular não consegue competir por igual com aquele que se livra dos custos da energia.

De acordo com a Companhia Paranaense de Eletricidade (Copel) a estimativa inicial é de que, juntas, as empresas tenham desviado 678 mil kWh – cerca de R$ 434 mil. Isso equivale ao consumo médio mensal de quatro mil famílias.

Ainda segundo com a Companhia, o problema, no entanto, é muito maior. Em 2016, em todo o Paraná, a Copel identificou 14.974 casos de fraude e furto de energia. Desse total, conseguiu recuperar R$ 41,2 milhões – ou 58,8 mil kWh, o equivalente ao consumo mensal de 354 mil famílias.

“Furtar energia é crime e prejudica toda a sociedade. O furto de energia pode impactar na tarifa e todos nós acabamos pagando por isso. O furto também representa a segunda maior causa de mortes por choque elétrico no Brasil, porque muitas ligações clandestinas são feitas sem nenhuma condição de segurança”, afirmou João Silva dos Santos, superintendente de serviços operacionais da Companhia, completando que “ao fazer essa parceria com a Polícia Civil, a Copel vai intensificar ainda mais o combate às fraudes”.

Participaram da ação 20 policiais civis e 12 técnicos da Copel, que apoiaram no momento de averiguar se houve ou não alguma irregularidade. A Polícia Civil continuará com essas ações a fim de inibir outras pessoas a cometerem este crime. Os empresários pagaram fiança e foram liberados. Se condenados pela Justiça, poderão pegar de um a quatro anos de reclusão pelo crime de furto de energia elétrica.

A Polícia Civil não divulgou os nomes das empresas.

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Quatro empresários da Grande Curitiba são presos por furto de energia elétrica

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