Ex-candidato à Prefeitura de Curitiba pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e professor do curso de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o advogado Paulo Ricardo Opuszka usou seu perfil do Instagram para publicar um “meme” e “brincar” com o seu desaparecimento. O sumiço do docente foi registrado na segunda-feira (30), e ele reapareceu no início da tarde desta quarta (1º).
Por meio de um story, Opuszka publicou uma montagem em que aparece como “personagem” do jogo de tabuleiro “Detetive, um crime desafiador”, em que os jogadores têm de desvendar o mistério por trás do assassinato do bancário Carlos Fortuna. A ideia é descobrir quem é o responsável pelo assassinato, qual foi a arma usada e onde ocorreu o crime. “Para conseguir chegar ao culpado, o jogador pode dar palpites que culminarão em pistas. Desta forma, é possível eliminar os personagens inocentes e chegar à solução do mistério”, divulga uma dos sites que vende o jogo.
O desaparecimento de Opuszka, de 46 anos, mobilizou a Polícia Civil e a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp). Dois dias após sumir, ele reapareceu em um vídeo, que também foi publicado no story de seu Instagram (veja abaixo). Na filmagem, ele diz: “Gente, tô bem. Estou em Piraquara [na região metropolitana de Curitiba], clínica Saint Germain. Obrigado pela preocupação.”
Minutos após o vídeo ser postado na própria rede social do professor, a esposa dele disse, porém, que os policiais foram até a clínica mencionada, mas não o encontraram. Horas depois, a mulher confirmou que ele havia sido encontrado.
Ao se apresentar à polícia, na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) — responsável por investigar o desaparecimento —, o ex-candidato a prefeito alegou que saiu de casa devido a “conflitos familiares”.
“Ele alegou que tinha saído de casa por conflitos familiares e que queria ficar afastado mesmo. Ele disse que estava tudo bem e, agora, vamos dar baixa no boletim de ocorrência sobre o desaparecimento”, disse a delegada Camila Ceconello.
Opuszka confirmou que esteve em uma clínica de Piraquara, mas negou ser dependente químico. “Ele foi deixado por um amigo na clínica. Chegou a conversar com o médico, mas não foi internado. Diz que tanto ele, como o médico, não acharam necessário que ele ficasse internado. Ele negou que seja usuário de drogas. Com os esclarecimentos, damos o caso como encerrado”, concluiu Ceconello.