Um policial aposentado e o filho dele são suspeitos de agredir um homem, de 52 anos, na Cidade Industrial de Curitiba. A vítima, que mora perto do comércio dos acusados, relatou momentos de extremo medo e violência durante o ataque.
“Achei que ia morrer naquela hora, porque eles não paravam de me agredir”, disse. Ele perdeu quatro dentes e ainda levou uma coronhada na cabeça, precisando de três pontos.

Em entrevista à Ric RECORD, a vítima relatou que o ataque começou de forma banal. Ao tentar orientar o filho do policial sobre a necessidade de remover um carro da rua para que a via fosse pintada, foi confrontado agressivamente.
“Eu também precisei retirar meu carro da rua e fui apenas dar a informação, como morador. Nisso, responderam com: ‘Você é guarda de trânsito? É morador e folgado’. O filho me empurrou e já me deu um soco. Nesse intervalo, o pai veio correndo, escorregou e caiu, bateu na placa de sinalização. Quando levantou, já estava com a pistola na mão, falando: ‘Aqui é a polícia, seu vagabundo, seu neguinho safado’. Ele apertou o gatilho, mas não funcionou. Tentei correr, bati na árvore e os dois me agrediram”
contou a vítima.
Segundo relatos, pai e filho já são alvo de diversas denúncias na região, incluindo abusos e ameaças, mas até o momento nenhum processo avançou. Para as vítimas, os agressores parecem desafiar a lei.
“Se você fizer algo pequeno na frente do estabelecimento deles, chamam a polícia. Vem cinco, seis viaturas, até a Rone. No meu caso, chamado por agressão, não veio viatura nenhuma”
disse o homem agredido.
O advogado da vítima, Fábio Leal, detalhou a gravidade do caso e disse que solicitaram a reclassificação do crime.
“Foi uma agressão bastante contundente. Ele perdeu quatro dentes, três estão prejudicados, e há um custo estimado de mais de R$ 20 mil para reparação, além da humilhação em via pública. Pedimos a reclassificação do crime de lesão corporal leve para tentativa de homicídio, pois o agressor apertou o gatilho duas vezes. Por sorte, a arma falhou. Caso contrário, teríamos um homicídio consumado”
afirmou o advogado.
A vítima convive com o medo, a humilhação e a esperança de que a Justiça finalmente seja feita. A Banda B entrou em contato com a Polícia Civil do Paraná (PCPR) questionando sobre as investigações e aguarda retorno.