A Polícia Militar do Paraná se manifestou oficialmente sobre o homicídio de Diego Pereira Monteiro, de 33 anos, morto a pedradas na madrugada de domingo, em Cascavel, no interior do estado. As informações são do portal CGN, parceiro da Banda B.

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Foto ilustrativa: Freepik

Em entrevista coletiva, o tenente-coronel Divonsir de Oliveira Santos fez duras críticas à ausência do Conselho Tutelar, que teria se recusado a compareer ao local da ocorrência para acolher uma adolescente de 14 anos envolvida no caso.

Segundo o comandante, a equipe da PM foi acionada inicialmente para atender uma situação de violência doméstica, que acabou evoluindo para um homicídio.

“A nossa versão é a que está no boletim. O oficial CPU que esteve na ocorrência relatou que inicialmente se tratava de uma situação de violência doméstica que evoluiu para um caso de homicídio. Um terceiro que transitava pela rua tentou intervir na situação e acabou sendo atingido por uma pedra. O autor consolidou o homicídio desferindo mais golpes”, explicou Divonsir.

Após a prisão do suspeito, de 22 anos, os policiais ouviram o relato da adolescente que estava no local. Ela contou que sua mãe teria agenciado sua prostituição e que o próprio autor do crime a teria “acolhido” quando ela tinha apenas 13 anos, por viver em um ambiente familiar desestruturado.

“Ela relatou que a mãe a vendeu para se prostituir, e que já teria irmãos que passaram por isso. O pai seria envolvido com drogas. Essa menina foi acolhida pelo autor há cerca de um ano, desde quando tinha 13 anos”, disse o comandante.

Diante da gravidade da situação, os policiais acionaram o Conselho Tutelar. No entanto, segundo o tenente-coronel, o conselheiro se recusou a ir até o local, mesmo após ser informado sobre o contexto delicado.

“O conselheiro disse que não iria até o local, mesmo após orientarmos sobre a gravidade. Alegou que antes precisaríamos fazer contato com a família, mas explicamos que a família era totalmente desestruturada. Mesmo assim, ele se negou a comparecer. Então o oficial coletou os dados dele e relatou isso em boletim”, completou Divonsir.

O caso segue sendo investigado pelas autoridades. Após a entrevista do tenente-coronel, a Polícia Militar confirmou que recebeu um ofício do Conselho Tutelar solicitando informações sobre o caso. Um inquérito deve ser instaurado.