Dia após dia, as apurações da Polícia Civil vão fechando o cerco contra Adair José Lago. O empresário, de 40 anos, é apontado como suspeito de matar a própria esposa, Franciele Gusso Rigoni, de 35. Nesta quinta-feira (8), o delegado Herculano de Abreu, que comanda as investigações, disse que a perícia encontrou digitais de Adair num acendedor que estava junto com um tapete apreendido na casa.

Imagens mostram o suposto tapete da casa de Franciele e a peça que foi encontrada queimada em Quatro Barras.

O tapete foi apreendido um dia depois da prisão do suspeito. Segundo a polícia, o item de decoração estava queimado e próximo a ele havia documentos pessoais de Adair. 

“Também foi verificado que ao lado do tapete tinha um acendedor, esses de churrasqueira. A perícia fez exame nesse acendedor, e encontrou a digital do suspeito. É mais um forte indício de que ele esteve no local”. 

disse o delegado Herculano de Abreu

Investigações

Segundo o delegado, desde o primeiro dia as diligências estão sendo constantes. Na terça-feira (6), a polícia fez buscas na casa onde o casal morava, no Alphaville, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e apreendeu vários documentos, entre eles a apólice de seguro de vida. 

A defesa de Adair diz que ele não assume ser o responsável pelo crime. O homem, porém, ainda não foi ouvido pela polícia, mas já foi transferido de unidade prisional e deve ser interrogado na semana que vem.

“Estamos terminando todas as diligências para que possamos conversar com ele e mostrar todas as evidências que temos contra ele no interrogatório”.

explicou o delegado Herculano de Abreu
Perícia encontrou digitais de Adair em acendedor apreendido. Foto: Colaboração/Banda B.

Motivo do crime

Para a polícia, Franciele foi morta dentro de casa e o delegado acredita que o marido agiu sozinho. Adair continua negando o crime e dizendo que não foi ele. 

O casal teria, em conjunto, um seguro de vida no valor de R$ 1 milhão. A informação está sendo investigada pela Polícia Civil e por isso foi feita a busca e apreensão da apólice. A motivação do crime, inclusive, pode estar relacionada ao seguro ou a uma briga entre ela e o marido, na avaliação da polícia.