O advogado da família de Rachel Genofre, Daniel da Costa Gaspar, afirmou em entrevista à Banda B, na noite desta sexta-feira (20), que o caso está apenas começando e que agora está trabalhando para construir uma “denúncia robusta” que apresente provas suficientes para garantir a condenação do acusado. O suspeito de matar a menina, que foi encontrada em uma mala na rodoferroviária de Curitiba em 2008, foi identificado graças ao cruzamento de dados do material genético encontrado sobre o corpo da vítima com o colhido de homem preso em São Paulo, na última quarta-feira (18).

“Para a Polícia Civil, esse caso se encaminha para um desfecho finalmente, mas para nós o caso está apenas no começo. Agora trabalharemos para garantir uma denúncia robusta, que contemple todas as qualificadores possíveis e com provas suficientes, além do DNA, para ir ao Tribunal do Júri com uma certeza maior de conseguir a condenação”, disse Gaspar.

(Foto: Reprodução)

Pai

Michael Genofre, o pai de Rachel, conta que a família não quer ficar com nenhuma pergunta sem resposta e que espera uma evolução das investigações depois do caso envolvendo sua filha. “Muitas famílias passam por situações parecidas com a nossa e muitas vezes a investigação não consegue chegar em um culpado, porque o ‘modus operandi’ é falho em muitas coisas. Se não fosse o exame de DNA, a investigação processual não chegaria no autor. Espero que ocorra evoluções na polícia científica e nas investigações no Brasil todo para que esse tipo de crime pare de acontecer”, disse Michael que revelou ter vivido o luto pela morte de Rachel apenas anos depois do crime.

“Eu tive o meu direito ao luto uns dois, três anos depois do que aconteceu. Não deu tempo de conseguir processar tudo e fui pensar em mim anos depois. Ainda não consegui pensar muito sobre como me sinto e o que está acontecendo. Há um alívio que finalmente esse capítulo acabou e um novo vai começar, já que todo o processo vai ser reaberto e ainda iremos descobrir muitas coisas”, disse ele.

O pai de Rachel acredita ser muito difícil que o acusado escape de uma condenação e que não tem nenhum sentimento em relação ao suspeito. “Eu tenho vários sentimentos pesados a respeito do caso, carrego uma dor e sinto falta de minha filha, mas sobre ele não tenho sentimento nenhum. A conta dele é com a Justiça e com a Justiça Divina”, finalizou.

Caso

No final da tarde do dia 3 de novembro de 2008, a menina Rachel Genofre deixava o Instituto de Educação, no Centro de Curitiba, após o término das aulas. O tchau dado pela garota aos colegas de classe é a última lembrança que se tem de Rachel ainda viva. O corpo da garota, morta por esganaduras no pescoço, só foi encontrado dois dias depois, na noite do dia 5, dentro de uma mala abandonada embaixo de uma escada, na Rodoferroviária de Curitiba.

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“Para nós o caso está apenas no começo”, afirma advogado da família de Rachel Genofre

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