A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga um crime bárbaro que vitimou uma jovem de 18 anos, dentro de casa, no bairro Tatuquara, em Curitiba. Jaqueline Carvalho dos Santos Gonçalves estava com papel filme enrolado diversas vezes na cabeça, uma meia de lã na boca e foi encontrada pelo pai. A Polícia Civil foi acionada e busca traçar linhas de investigação para o crime, já que nenhuma marca de arrombamento foi encontrada.

A casa da família fica na rua Ieda Cristina Ribeiro, no Moradias Santa Rita. A família acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), assim como a Polícia Militar (PM), assim que viu a jovem no quarto, na tentativa de reanimação. Entretanto, ela já estava morta e a Polícia Civil assumiu o caso para iniciar o trabalho de perícia.

O delegado da DHPP, Osmar Feijó, detalhou a cena do crime à Banda . “Quando chegamos, já fomos informados que tinham mexido no corpo, foi tirada da cama, tiraram uma espécie de toca, um capacete que estava na vítima. Esse capacete foi feito com uma película de papel filme, enrolado várias vezes e a vítima estaria com uma meia de lã na boca. Mas, quando chegamos, ela já estava fora, o Samu já tinha dado o primeiro atendimento. Então, estamos trabalhando com a versão que nos contaram”, contou.

Para a Banda B, o delegado descartou qualquer hipótese de suicídio. “A primeira impressão, em conversa com o perito, estamos descartando em tese a situação de suicídio porque não teria como a pessoa colocar a meia na boca, começar a dar uma, duas, cinco, dez vezes a volta daquele filme. Ela pararia, não aguentaria ficar em respirar durante tanto tempo assim. Assim que terminasse, iria cair e o rolo do papel filme estaria próximo do corpo, não iria conseguir cortar e guardar. Está descartada a tese de suicídio”, detalhou.

De acordo com a investigação, a família retornou da igreja ontem à noite, por volta das 20 horas. “O pais foram dormir, ela tem um irmão mais novo, ela cantava os hinos da igreja. Tudo normal, segundo eles. Não tem nenhum sinal de arrombamento, nenhuma janela fica aberta. Ninguém escutou nada, pela madrugada os pais acordaram, ela estava dormindo, disseram ter visto os pés dela. Na parte da manhã, o pai foi constatar o que tinha acontecido”, finalizou o delegado Feijó.

Para a Polícia Civil, em nenhuma hipótese houve arrombamento na casa, ou seja, o agressor entrou por convite, estava escondido ou o crime foi praticado por alguém que tem livre acesso à casa.

O corpo da jovem foi recolhido ao Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. Exames complementares serão realizados para detectar outros ferimentos que ela possa ter sofrido.

 

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Pai acorda e se desespera ao ver filha morta dentro de casa em Curitiba

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