Claudia Valéria de Souza Rissardo tinha 45 anos e foi morta com mais de 15 facadas pelo ex-marido na noite de terça-feira (21), dentro da panificadora da família, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Três filhos dela também foram atacados ao tentarem defender a própria mãe. O suspeito, de 59 anos, foi preso em flagrante e encaminhado ao sistema prisional.
Veja o que se sabe sobre o feminicídio:
1. Quando e onde o crime aconteceu?
A morte de Claudia Valéria aconteceu na noite da última terça-feira (21), dentro da panificadora da família, na rua Reynaldo Bonat, no Jardim Campo Alegre, bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC). A vítima foi morta com pelo menos 17 facadas, após ser atacada pelas costas. Três filhos adultos dela também foram atacados ao tentarem defendê-la.
2. Quem é o suspeito do crime?
O agressor, ex-marido de Claudia, tem 59 anos. Ele foi preso em flagrante pelos crimes de feminicídio, tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio. Após receber alta hospitalar, foi encaminhado ao sistema prisional. Ele não aceitava o fim do relacionamento.
3. Como o crime aconteceu?
Na noite de terça-feira, o agressor entrou pelos fundos da panificadora e atacou Claudia e os filhos com uma faca. “Segundo uma das filhas, ele já chegou esfaqueando a mãe e os outros dois filhos”, relatou um familiar que prefere não ser identificado.
Dois filhos foram socorridos com ferimentos. Claudia chegou a ser socorrida por testemunhas, mas morreu a caminho do hospital.
4. A vítima tinha medida protetiva?
A Banda B apurou que Claudia solicitou uma medida protetiva de urgência contra o ex-marido após decidir pela separação. O pedido foi feito no sábado (18), três dias antes do crime. A polícia e a Justiça não conseguiram achá-lo a tempo.
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) informou que houve tentativa de ciência do agressor dois dias após a concessão da medida, sem sucesso, e que foram adotados os procedimentos para nova tentativa de localização.
A delegada responsável pelo caso, Emanuele Siqueira, também destacou que o ex-marido dela não foi encontrado.
Segundo a advogada Louíse Mattar Assad, do projeto “Anjos do Salto”, a medida só passa a valer após o agressor ser formalmente notificado.
5. A fuga e simulação de suicídio do agressor
Na segunda-feira (20), o homem simulou uma tentativa de suicídio em uma UPA, mas fugiu do hospital sem ter sofrido ferimentos, segundo relatos de um familiar.
6. O que dizem os familiares?
De acordo com um parente que preferiu não se identificar, Claudia e os filhos viviam há anos sob controle do agressor, em condições semelhantes a um cárcere privado.
“Eles viviam há anos aqui em um verdadeiro cárcere privado. Toda a família era obrigada a trabalhar, não tinha nem roupa direito, não saía. Os vizinhos todos aqui sabiam a situação que eles viviam”, contou ele ao repórter da Ric RECORD Kainan Lucas.
O familiar também destacou que o homem tinha histórico de agressividade com clientes e funcionários. Nos dias anteriores ao crime, Claudia descobriu diversas traições do ex-marido e gastos com sites de relacionamento, mesmo diante de dificuldades financeiras. Essa descoberta teria motivado sua decisão de se separar e buscar ajuda.
“Ela pediu ajuda para todos os vizinhos da rua. No sábado [dia 18], uma tia a levou para solicitar uma medida protetiva”, relatou o parente.
7. Quando ocorreu o sepultamento de Claudia?
O corpo da comerciante foi sepultado na manhã desta quinta-feira (23), no Cemitério Memorial da Vida, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
