Motorista embriagado que matou jovem na Linha Verde deve usar tornozeleira e cumprir restrições da Justiça

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) confirmou que o motorista que provocou o acidente na Linha Verde que resultou na morte do jovem Luiz Henrique, de 22 anos, dirigia embriagado. O delegado Edgar Santana, responsável pelo caso, informou nesta segunda-feira (13) que já foram reunidas provas suficientes para indiciar o condutor por homicídio com dolo eventual, cuja pena pode chegar a 30 anos de prisão.

O acidente aconteceu no dia 28 de setembro, na Linha Verde, no bairro Pinheirinho, em Curitiba, e envolveu um Fiat Palio e um Fiat Uno. O motorista dirigia embriagado, em alta velocidade e invadiu a contramão. No veículo atingido estavam Luiz, a irmã dele, o cunhado e o sobrinho — um bebê de apenas 11 meses que sofreu traumatismo craniano e fratura perna.

De acordo com o delegado, o motorista foi ouvido nesta segunda-feira e afirmou não se lembrar de nada do que ocorreu no dia do fato.

“No entanto, Polícia Civil comprovou que o investigado consumiu bebida alcoólica, com base no prontuário médico, e nos depoimentos de testemunhas e dos guardas municipais, que inclusive registraram em vídeo o próprio investigado admitindo o consumo. Não restam dúvidas de que houve embriaguez”

disse Santana.

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Embora o teste do bafômetro não tenha sido realizado no momento da abordagem, porque o motorista foi encaminhado ao hospital, a polícia afirma ter reunido elementos suficientes para comprovar o uso de álcool.

A Justiça também autorizou medidas cautelares. Segundo o delegado, o investigado terá de usar tornozeleira eletrônica por 150 dias, não poderá sair de casa à noite, nos finais de semana e dias de folga, e está proibido de frequentar bares e estabelecimentos semelhantes. A Carteira de Habilitação Nacional (CNH) foi suspensa.

“O fato da embriaguez está efetivamente comprovado, aliado a forma irresponsável como esse indivíduo conduzia o veículo. Ele passará a responder por homicídio com dolo eventual”

afirmou Edgar Santana.

A Polícia Civil ainda aguarda a finalização de laudos periciais para concluir o inquérito policial.