Um motoboy, identificado como Matheus Putrick de Lima, de 25 anos, foi assassinado com mais de dez facadas após ser chamado para fazer uma entrega, na madrugada de sexta-feira (31), em Paranaguá, no litoral do Paraná. Ele teria sido morto durante um assalto.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o jovem foi encontrado morto em uma marginal da PR-407, no Jardim Ouro Fino. Ele trabalhava em uma pizzaria da cidade e foi assassinado na Avenida Bela Vista. As informações são do portal JB Litoral, parceiro da Banda B.

Uma ambulância chegou a ser acionada para socorrer Matheus, que estava cercado por sangue, mas ele não resistiu e morreu no local. O proprietário da pizzaria em que ele trabalhava compareceu ao local do crime e revelou que o motoboy havia saído para fazer uma última entrega do dia.
Peritos da Polícia Científica identificaram ao menos 12 perfurações provocadas por faca no corpo de Matheus, incluindo na nuca e no abdômen. O corpo dele foi recolhido ao Instituto Médico Legal (IML) de Paranaguá e sepultado neste sábado (1º).
A moto que ele usava para trabalhar foi achada em um terreno baldio próximo ao local do crime. Segundo o JB Litoral, informações preliminares apontam que dois homens armados com facas teriam abordado a vítima e exigido a moto. Matheus teria reagido para evitar o assalto, mas foi atacado.
O caso é investigado pela Polícia Civil. A dupla que teria assassinado o motoboy ainda não foi identificada.
Colegas de profissão protestam
Motoboys que atuam em Paranaguá organizaram um protesto na tarde desta sexta-feira (31) e pediram justiça e mais segurança após a morte de Matheus. Os trabalhadores saíram em uma motociata pela cidade.

A concentração aconteceu no Aeroparque e reuniu trabalhadores de pizzarias e de aplicativos de entrega. Com buzinas e cartazes, o grupo percorreu vários pontos da cidade histórica e chegaram a passar pela Delegacia Cidadã, Prefeitura e Câmara Municipal de Paranaguá.
“A gente sai de casa para ganhar o pão e quer voltar com vida. Não é só blitz e fiscalização. Queremos respeito e mais segurança nas ruas”, disse um dos organizadores do protesto ao JB Litoral.
“Sempre diziam: será que precisa morrer alguém pra fazer alguma coisa? Agora morreu! O que mais estão esperando?”, questionou.