Metade dos bairros de Curitiba não registrou nenhum homicídio nos seis primeiros meses de 2019, segundo relatório divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) nesta quarta-feira (7). Ao todo, a capital teve 120 assassinatos de janeiro a junho, 20,5% menos do que no mesmo período do ano passado.
A Cidade Industrial de Curitiba (CIC) é a região mais violenta da cidade, com 16 vítimas de homicídio doloso e uma de latrocínio (roubo seguido de morte). Mas, apesar de liderar o número de crimes, a CIC registrou uma redução foi de 44% no número de crimes (foram 29 homicídios no primeiro semestre de 2018).
O segundo bairro mais violento é o Alto Boqueirão, com 11 crimes. Na sequência aparece o Cajuru, com dez homicídios.
Ao todo, 36 dos 75 bairros não registraram nenhum homicídio. Confira a lista:
ABRANCHES
AHU
AUGUSTA
BACACHERI
BATEL
BOA VISTA
BUTIATUVINHA
CABRAL
CAMPINA DO SIQUEIRA
CAPAO DA IMBUIA
CASCATINHA
CENTRO
CENTRO CIVICO
CRISTO REI
GANCHINHO
GUABIROTUBA
HUGO LANGE
JARDIM BOTANICO
JARDIM DAS AMERICAS
JARDIM SOCIAL
JUVEVE
LAMENHA PEQUENA
LINDOIA
MERCES
MOSSUNGUE
RIVIERA
SANTA FELICIDADE
SANTO INACIO
SAO BRAZ
SAO JOAO
SAO LOURENCO
SEMINARIO
TABOAO
TINGUI
VILA IZABEL
VISTA ALEGRE
Paraná
O primeiro semestre registrou uma redução de 20% no índice de homicídios dolosos em todo o Paraná, se comparado com o mesmo período de 2018. Em 52% das cidades (211 dos 399 municípios paranaenses) não houve registro deste tipo de crime, e em 124 (31%) foram apenas uma ou duas ocorrências registradas. Em relação aos números do ano passado, foram 205 homicídios a menos no Estado, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira (07) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública. De janeiro a junho, foram 828 registros de mortes violentas, número inferior as 1.033 ocorrências dos primeiros seis meses de 2018.
Segundo o secretário estadual da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, a queda nos índices de criminalidade é resultado de um conjunto de esforços. “Estamos trabalhando para combater o crime em todas as suas modalidades. O trabalho de inteligência, integração e planejamento de ações é constante para fornecer maior segurança para todos os paranaenses. E isso se reflete nas estatísticas de homicídio, furto e roubo”, explica.
Marinho atribuiu a diminuição dos números à integração entre as forças policiais, ao patrulhamento preventivo e ostensivo, e às investigações mais ágeis da polícia judiciária, que prendem criminosos e acabam por inibir novos crimes.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Péricles de Matos, atribuiu a redução da criminalidade a duas fases do trabalho policial. “Primeiro, é o direcionamento de operações específicas antecipadas pela inteligência policial, o trabalho de investigação, de produção de conhecimento, de inteligência dos locais onde ocorrem os maiores índices”, afirma. “Entendemos o que está acontecendo de verdade naquela cidade ou região e, a partir disso, agimos. Em segundo lugar, não menos importante, temos um planejamento primoroso”, acrescentou.
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Metade dos bairros de Curitiba não registrou nenhum homicídio nos seis primeiros meses do ano
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