O marido de Franciele Gusso Rigoni, Adair José Lago, tirou uma foto da vítima e mandou para o suposto executor do assassinato momentos antes do crime. A informação foi confirmada pela Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, nesta terça-feira (15), com a conclusão do inquérito. Adair e Wesley Lopes foram indiciados por homicídio qualificado mediante promessa de recompensa, traição e recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.

Reprodução Polícia Civil

Dentre as evidências que compõem o inquérito, a Polícia Civil encontrou uma foto enviada por Adair para Wesley momentos antes do crime. Nela, Franciele aparece deitada no sofá e sorrindo.

“As últimas testemunhas demonstraram que, quando o segundo suspeito chegou à residência, a Franciele ainda estava com vida. Na maior frieza, ele [Adair] tirou as fotos dela para mandar para o comparsa. O que mais chama a atenção é que a vítima estava sorrindo, sem imaginar o que aconteceria com ela”, explica o delegado Herculano de Abreu.

Consta no inquérito, que Adair saiu da casa em que o casal morava, em Pinhais, por volta de 13 horas e seguiu até Campina Grande do Sul, onde buscou Wesley. No caminho de volta, a dupla parou em um estabelecimento comercial para comprar uma touca e um par de luvas. Na sequência, os dois seguiram até a casa da vítima, onde Wesley teria entrado escondido no banco traseiro.

“Ele ficou escondido até o momento oportuno de entrar na casa e matar a Franciele, que estava deitada no sofá”, relata Abreu.

Adair é apontado como mandante do crime (Reprodução)

Depois da execução, segundo a polícia, os dois suspeitos limparam a sala para eliminar o sangue e colocaram o corpo da vítima no banco do passageiro. Para criar um álibi, Adair foi deixado próximo a uma loja de materiais de construção, no bairro Atuba, onde fez orçamento de móveis para piscina. Já Wesley teria seguido até Quatro Barras, onde dispensou e tentou queimar o tapete.

Depois disso, ele seguiu até Colombo, onde abandonou o veículo com o corpo de Franciele.

Denúncia

Com a conclusão do inquérito, o Ministério Público do Paraná (MPPR) também já ofereceu denúncia. Nela, o órgão também pede condenação por feminicídio.

O caso

O corpo de Franciele foi encontrado no dia 31 de maio deste ano, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Segundo a polícia, Franciele foi morta na própria casa e transportada dentro de um veículo até o local onde o corpo foi localizado.

O marido dela foi preso no dia 2 de junho, durante o velório. Segundo a polícia, ele é suspeito de planejar e executar o crime e permanece preso.

No último dia 27 de julho, o suposto executor foi preso, na cidade de Siqueira Campos, no Norte do Paraná.