A Justiça revogou a prisão preventiva de três policiais rodoviários estaduais, neste sábado (14), detidos durante operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em agosto deste ano, suspeitos de participarem de um esquema de cobrança de propina em estradas do Paraná. Dois policiais atuavam em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, e outro em São Jorge do Ivaí, no noroeste do estado.

(Foto: AEN)

O desembargador Antonio Loyola Vieira, da 1ª Câmara Criminal, aceitou o pedido de Habeas Corpus (HC) de um dos policiais, em 11 de setembro. A decisão foi estendida para os outros dois acusados pelo juiz Sérgio Bernardinetti, da Vara da Auditoria da Justiça Militar, por considerar “que todos os presos estão em idêntica situação”.

De acordo com o advogado de defesa, Jeffrey Chiquini, a revogação das prisões se deu por conta do entendimento da ausência de contemporaneidade entre os fatos, que ocorreram em 2018, e o momento da prisão. “O pedido de liberdade da defesa foi acatado pelo Tribunal de Justiça do Paraná por ausência de contemporaneidade entre a prática dos fatos e o momento da prisão, já que os supostos atos criminosos ocorreram apenas no ano de 2018. E ainda porque não há nos altos qualquer indício ou prova mínima de que esses policiais tenham ameaçado vítimas e testemunhas ou que tenham buscado destruir provas e praticado qualquer ato semelhante no ano de 2019”, disse o advogado.

Chiquini afirma também que inexiste prova segura de que os referidos policiais tenham praticado os atos criminosos dos quais estão sendo acusados. “As supostas vitimas disseram primeiro que foram abordadas por um sargento daquele posto e deram ainda duas datas exatas, nas quais o citado não estava trabalhando. As vítimas disseram também terem sido abordadas por um veículo pequeno, sendo que aquele posto possui apenas uma caminhonete e um micro-ônibus”, argumentou a defesa que conta ainda que os policiais rodoviários tem de 13 a 30 anos de serviço e nunca haviam respondido a um inquérito policial militar antes.

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Justiça revoga prisão de três policiais rodoviários estaduais suspeitos de cobrarem propina

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