A Justiça transformou em preventiva a prisão de Alanderson Fernando Moreira Erdman, de 29 anos. Ele foi preso em flagrante, suspeito de ser o autor das facadas que mataram o jovem Matheus João de Castro Santana, de 20 anos, durante um assalto, na semana passada. Segundo a Polícia Civil, Alanderson confessou o crime. 

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Foto: Reprodução.

Com diversos antecedentes criminais, Alanderson usava uma tornozeleira eletrônica no momento do roubo, que aconteceu na tarde de quinta-feira (8), no bairro Cristo Rei, em Curitiba. Ele foi preso numa ação rápida da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), que atuou também com denúncias.

Segundo o advogado, Jeffrey Chiquini, que está atuando na defesa da família de Matheus, a Justiça agiu corretamente.

“Um caso que abalou todos os curitibanos, um verdadeiro serial killer estava solto e tirou uma vida inocente. Agora merece os rigores da lei e não medirei esforços para que a lei seja corretamente aplicada. A Justiça paranaense, de forma acertada, converteu a prisão em flagrante em preventiva. Agora, esse assassino ficará preso preventivamente”, disse o advogado Jeffrey Chiquini.

Além da informação de que Alanderson vai continuar preso, a família também soube que a Polícia Militar localizou o celular de Matheus, que tinha sido roubado. 

“Agora sua família irá à delegacia retirar o aparelho celular, que é uma lembrança daquele que não deveria ter sido vitimado. Estava naquela data retornando do trabalho, um menino que estava concluindo seus estudos. Mas a Justiça dos homens, a Justiça da terra, será feita”, comentou o advogado da família.

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Foto: Marcelo Borges/Banda B

O crime

O jovem Matheus foi morto esfaqueado dentro de um ônibus biarticulado da linha Pinhais/Rui Barbosa. O crime aconteceu na altura do Hospital Cajuru, na Avenida Presidente Affonso Camargo, no bairro Cristo Rei, em Curitiba.

Sobre a dinâmica do crime e o motivo de ter esfaqueado Matheus, o delegado acredita que o assaltante possa ter se assustado com a reação do rapaz ao ser abordado.

“Houve talvez, não digo uma reação, mas talvez um susto do rapaz, onde houve a questão das facadas […]. As testemunhas falam que não houve uma luta corporal, não teve nem sentido. Teria mais uma questão de susto, não houve uma reação. Mas isso vai ser verificado agora, através das imagens que eventualmente existam dentro do ônibus”, explicou João Marcelo Renk Chagas, delegado.

Alanderson foi preso em casa, no bairro Uberaba, e ele foi encontrado em questão de horas após o crime. O delegado contou que as equipes receberam várias denúncias, via 197, que ajudaram no trabalho de investigação.