O travesti Bruno Borges Generoso, de 20 anos, também conhecido como “Nicole Galisteu”, foi assassinado no último domingo (5) no bairro Santa Cândida porque os homens que estavam em um encontro com ele descobriram que Galisteu não era uma mulher. As informações foram passadas pela Delegacia de Homicídios de Curitiba (DH) nesta terça-feira (8). De acordo com a especializada, três suspeitos de envolvimento no crime foram presos e apesar de negarem os indícios confirmam a participação deles.

“Saíram em uma balada e dois dos amigos começaram a tirar sarro de um deles dizendo que estava beijando um homem. Quando viram que realmente era um travesti, pegaram a arma em casa e mataram o Bruno Galisteu por conta disto”, informou o delegado Rubens Recalcatti, da DH.

A Balada

Segundo o delegado da DH, Maicon dos Santos Straub, de 19 anos, Sidnei Augusto Bueno, de 30, e Daniel Moraes dos Santos, de 26, resolveram ir para a balada na noite de sábado. Um dos rapazes teve então a idéia de fazer um esquema com uma mulher que ele tinha contato, que na verdade sempre foi o travesti Nicole Galisteu.

“Eles foram buscar ele e outras meninas em Araucária e durante a balada um dos rapazes percebeu que a Galisteu era um travesti e começou a tirar sarro de um dos amigos que estava dando beijos nela. Indignados, dois foram para casa buscar a arma e o terceiro ficou na balada com o travesti, como que mantendo ele lá”, informou Recalcatti.

O delegado descreveu que os amigos deram carona para o travesti até o bairro Santa Cândida, onde o mataram. “Atiraram e passaram com o carro por cima dela, em um crime homofóbico. O Sidnei e o Maicon atiraram enquanto o Bruno teria ficado no carro”, concluiu.

A prisão

Depois de cometerem o assassinato do travesti, já na manhã de domingo, os amigos foram presos em outra ocorrência policial. Eles foram reconhecidos como assaltantes de uma farmácia no bairro Colombo, situação que terminou com um suspeito morto depois de confronto com a Polícia Militar (PM), já no bairro Santa Cândida, na capital. Devido a esta situação, eles foram autuados em flagrante pelo delegado Geraldo Celezinski, de plantão no domingo no Centro de Atendimento Integrado Cidadão (Ciac-Sul).

“Naquela situação houve uma troca de tiro entre policiais militares e estes conseguiram informações privilegiadas de que os presos participaram da morte deste travesti. Testemunhas estão sendo mantidas em sigilo e temos a informação de que o Sidney e o Maicon mataram o travesti, enquanto o Bruno ficou no carro”, contou Celezinski.

Sidney e Maicon estão presos. Já Daniel é mantido sobre guarda da PM enquanto se recupera de um tiro que recebeu no confronto policial depois do assalto à farmácia. Para finalizar o inquérito, a DH irá realizar uma perícia nas armas dos suspeitos, para assim confirmar que eles de fato foram os responsáveis pelo crime, apesar de negarem.

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Jovens mataram travesti depois que um deles o beijou achando que era uma mulher, diz polícia

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