Após se apresentar na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o investigado por matar o professor de educação física José Rodrigo Angelo Souza alegou legítima defesa e falou que estava defendendo a namorada da vítima, de acordo com delegada Tathiana Guzella. O interrogatório aconteceu neste sábado (30). O educador foi esfaqueado durante a madrugada de sexta-feira (29), no Centro, em Curitiba.

Ele morreu após dar entrada no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. A hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) está descartada pela investigação. O suspeito seria um estudante e confessou o crime.

Investigado por esfaquear professor de educação física alega legítima defesa em interrogatório
Foto: Reprodução Câmeras de Segurança.

José Augusto recebeu três facadas no dia do crime, uma delas atingiu a perna da vítima, que acabou perdendo muito sangue, segundo socorristas. De acordo com Guzella, algumas testemunha foram ouvidas pela investigação, incluindo a namorada de José, que viu toda a cena do crime.

“Chegou-se a conclusão que o caso se trate de um homicídio e não um latrocínio. Foram ouvidas algumas testemunhas, em especial a testemunha presencial, sendo a namorada da vítima. Foi instaurado inquérito policial e buscamos câmeras de segurança da região”, comentou à Banda B.

Agora, segundo Tathiana Guzella, a investigação procura encontrar quem estava junto com o investigado no momento das agressões. No dia do crime, testemunhas relataram à reportagem da Banda B que, ao menos, seis pessoas estariam envolvidas no espancamentos.

“O advogado e o investigado se apresentaram neste sábado. A investigação busca procurar os coautores do crime. Vamos procurar, além das demais provas, sobre a versão trazida pelo autor das facadas, que confessou ter esfaqueado, mas alegou legítima defesa, dizendo que foi defender a namorada da vítima, após um pedido de socorro”, completou.

A namorada do educador comentou à polícia que nunca pediu socorro de ninguém e que não brigou com José Augusto. “Ela nega, diz que não estavam brigando e que jamais pediu socorro, em tempo algum. Nós temos versões diferentes entre a testemunha presencial e o investigado. Nós iremos ouvir outras testemunhas durante a semana”, concluiu Tathiana Guzella.

Câmeras de segurança

Imagens de câmeras de segurança da região registraram o momento em que José Augusto é perseguido e agredido. Nelas, é possível ver ele caindo e algumas pessoas chutando. Assista:

O caso

Segundo uma fonte ouvida pela Banda B, a família do professor mora na cidade de Maringá, no norte do Paraná. Durante a madrugada o tenente Pallú, da Polícia Militar (PM), as informações no local estavam confusas.

“Ele sofreu agressões de outras pessoas. Aguardamos a chegada do Siate para o atendimento. Tentamos apurar o que aconteceu, mas não havia nenhuma informação mais concreta. Quem tiver informações, pode ajudar a polícia”, explicou.

Já o socorrista Uesleis Onofre, do Siate, explicou que o professor foi atingido nas pernas. Os socorristas reanimaram, por 30 minutos, a vítima após uma parada cardíaca. “Os ferimentos são nos membros inferiores diretos. Chegamos no local, e ele perdeu bastante sangue, precisa de uma melhor avaliação“, concluiu.

Polícia Civil irá investigar o caso.