Um crime passional na madrugada desta quinta-feira (31) na Rua Alvarez de Azevedo, no Conjunto Itatiaia, chocou os moradores da Cidade Industrial de Curitiba que conheciam o casal Augusto do Rocio Muniz, de 49 anos, e Lourita Orlandi, de 35. Depois de matar Lourita, que trabalhava como diarista, com várias facadas, Muniz foi preso, mas antes tentou se matar e só não conseguiu porque a filha mais velha, de 17 anos, o impediu.

O crime aconteceu por volta das 3h quando todos dormiam na casa, inclusive os três filhos do casal (além da adolescente, duas crianças com menos de oito anos). O que chamou a atenção do delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios de Curitiba (DH), é que em depoimento ninguém entendia o que havia acontecido, já que o casal tinha uma vida tranquila e Muniz era um sujeito ‘boa praça’.

“Não havia histórico de brigas nesta família. As testemunhas nos falaram que eles viviam super bem. Infelizmente aconteceu esta tragédia. A vítima trabalhava de diarista, talvez possa ter acontecido um ataque de ciúmes por parte dele. Ela morreu na hora deitada na cama com várias facadas”, contou Recalcatti.

De acordo com o delegado, depois de cometer o crime Muniz pegou uma faca e tentou se matar, ação evitada pela filha. “Os filhos acordaram com a barulheira e viram a mãe morta. A adolescente viu o pai com a faca na mão tentando se matar e pegou a arma dele para evitar que isto acontecesse. Ele saiu correndo pela rua e foi preso pela Polícia Militar. Neste momento, está no Centro Cirúrgico do Hospital Evangélico e depois será encaminhado ao 11° Distrito Policial”, descreveu ele.

Para concluir, Recalcatti afirmou que a situação verificada no local da ocorrência era de filme de terror. “Situação muito triste. Uma esposa assassinada pelo marido. Era uma família considerada de boa índole e que terminou desta maneira. Ele trabalhava como assistente de supermercado”, finalizou.