A disputa pelo comando do tráfico de drogas em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, tomou conta da Vila Macedo e levou medo aos moradores do local. O que começou dentro do presídio se transformou em uma “guerra” declarada nas ruas, marcada por assassinatos, perseguições e uma rotina de violência que tirou o sono da comunidade.

Nos últimos meses, três pessoas foram mortas e várias ficaram feridas em tiroteios. Em um dos casos mais violentos, um adolescente, de 15 anos, foi perseguido pelas ruas e atingido por vários disparos. Segundo a investigação, os assassinos chegaram a disputar quem daria o “tiro final” contra a vítima. As informações são da Ric RECORD.

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Polícia tenta identificar todos os envolvidos na disputa pelo comando do tráfico na região – Foto: Divulgação/Prefeitura de Piraquara

Um dos casos que expõe a escalada da violência no bairro é a execução de Matheus Vinícius Rosa, de 28 anos. O jovem foi assassinado a tiros após ter o carro interceptado por criminosos em janeiro. Segundo apurou a Banda B, ele trafegava com um veículo Audi pela Avenida Frei Rui Guido Depine, na Vila Macedo, quando foi interceptado por pelo menos dois criminosos que estavam em uma motocicleta. A vítima tinha antecedentes criminais relacionados a tráfico de drogas e porte de arma de fogo.

De acordo com a Polícia Civil, a violência também se manifesta em festas organizadas por jovens da região, onde bebidas se misturam a disparos de arma de fogo. Nesses encontros, não há receio em declarar apoio às facções criminosas que disputam espaço no bairro.

“Essa é uma verdadeira guerra entre duas facções rivais, que começou dentro dos presídios. Indivíduos que estavam presos começaram uma discussão muito em relação a poder. Dessa discussão, então, começa o primeiro ato criminoso mais violento: há um homicídio registrado em fevereiro, em Piraquara, onde um adolescente de 15 anos foi assassinado no meio da rua. Ele é filho de um homem apontado como um grande gerente do tráfico de drogas da Vila Macedo”, disse o delegado Tiago Andrade ao repórter Tiago Silva.

A polícia afirma já ter identificado os principais envolvidos. Parte deles está morta, enquanto outros seguem foragidos.

“A Polícia Civil de Piraquara não vai descansar e está trabalhando diuturnamente para identificar esses criminosos. Inclusive, quase todos eles já estão com mandados de prisão em aberto”, concluiu o delegado.