Um golpe de aluguel deixou ao menos 11 famílias no prejuízo em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A responsável, que também era inquilina do imóvel, se passava por proprietária e anunciava a casa como se fosse dela. Em apenas duas semanas, ela arrecadou cerca de R$ 15 mil de vítimas que acreditavam estar fechando um negócio seguro.

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Foto Ilustrativa: Freepik

O imóvel parecia ser a oportunidade perfeita: três quartos, todo mobiliado, localizado nos fundos de um condomínio fechado, com aluguel de R$ 1.200 por mês, atrativo para a região. Para convencer os interessados, a mulher marcava visitas, abria a casa e contava que estava de mudança para Portugal, por isso tinha pressa em fechar contrato. As informações são da Ric RECORD.

“Eu fiquei muito feliz porque parecia tudo perfeito. Fiz contrato digital, depósito e caução. Parecia tudo seguro. Mas era tudo mentira”

disse uma das vítimas, que preferiu não se identificar.

O comerciante da região, Paulo Oliveira, presenciou as vítimas chegando no local com caminhão de mudança, empolgadas para ocupar o imóvel.

“Veio gente de São José dos Pinhais, de São Paulo, com mudança pronta. Chegou aqui, teve que voltar. Várias pessoas reclamando que a mulher deu golpe, teve gente que deu R$ 1 mil de entrada para segurar a casa e não teve casa nenhuma”

relatou o comerciante.

Além dos contratos falsos, a mulher também usava pressão psicológica para arrancar mais dinheiro. Em áudios obtidos pela Ric RECORD, ela chora e inventa histórias sobre acidentes na família para pedir adiantamentos.

“A minha irmã se acidentou hoje pela manhã. Só que como ela entrou com particular, precisamos quitar um valor absurdo, R$ 6.248 para ser bem exata. Você tem como me adiantar o aluguel?”

disse a suspeita, em um dos áudios enviados.

A Polícia Civil investiga o caso. O Procon-PR também alerta sobre cuidados na hora de fechar contratos de aluguel.

“É importante exigir documentação que comprove a propriedade do imóvel, guardar todo material de propaganda, as condições em que se encontra o imóvel e a localização, para evitar problemas. E se houver dificuldades, procurar imediatamente o Juizado Especial Cível para formalizar a reclamação”

orientou a coordenadora do órgão, Cláudia Silvano.

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