Vidalina Rates, de 66 anos, que morreu atropelada por um carro na Praça Tiradentes, na região central de Curitiba, é descrita pela filha como uma “pessoa do bem” e “maravilhosa”. A idosa sofreu uma parada cardiorrespiratória após ser atingida por um veículo desgovernado nesta sexta-feira (6).
“Ela não merecia isso. Eu soube que tentaram de tudo [para reanimá-la], mas não conseguiram. Só quero justiça e vamos atrás disso. Ninguém entrou em contato. Tivemos que ir atrás. Eu não soube por ninguém o que tinha acontecido. Tivemos que ligar para os hospitais”, lamentou a filha da idosa, Alexandra Ferri, em entrevista à Banda B.
Segundo Alexandra, a demora da mãe para chegar em casa gerou preocupação, embora ela costumasse frequentar a região central de Curitiba. “Sentimos falta, e ela não era de fazer isso”, acrescentou. Vidalina vivia em um município da região metropolitana e era aposentada.
“Estou com meus irmãos e o neto dela que vai nascer, mas não vai conhecer. Ela já tinha uma neta e está vindo outro”, disse Alexandra, que se encontraria com a mãe neste fim de semana.
Além de Alexandra e os dois netos, a idosa deixa outros dois filhos. A cremação do corpo de Vidalina está prevista para ocorrer na manhã deste domingo (8).
O acidente
Uma câmera de segurança flagrou o acidente que matou Vidalina Rater na rua Monsenhor Celso, no Centro de Curitiba. Nas imagens, é possível ver que a motorista do veículo Jeep Compass surge trafegando pela rua Barão do Cerro Azul na contramão e invadindo uma calçada, em frente a uma loja da rede Pernambucanas.
Além da idosa que morreu, cinco pessoas ficaram feridas. Uma delas, de 32 anos, foi encaminhada em estado grave ao Hospital do Trabalhador e teve um pé amputado – além de dois dedos do outro pé.
Ainda não se sabe o que levou a motorista a perder o controle da direção. Ela foi detida e encaminhada à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), que investiga o caso. A mulher, de 69 anos, chegou na unidade policial por volta das 20h desta sexta-feira (7) acompanhada do marido e uma advogada.
Segundo apurou a Banda B, ela foi ouvida durante cerca de duas horas e permaneceu presa. A detenção deve durar até a audiência de instrução.
“Tinha um guardador de carros que estava ajudando ela. Estava lúcida, bastante atordoada, mas as pessoas disseram que ela veio do Shopping Mueller na contramão, furando sinal e já teve alguém que bateu nela porque o carro estava amassado. O pessoal gritando, buzinando e ela veio direto”, disse uma testemunha sobre a motorista.
