Um ex-estagiário do Poder Judiciário de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, foi alvo de uma operação, nesta quarta-feira (25), que investiga o vazamento de dados sigilosos de um processo. A ação foi cumprida pelo Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca, e o MP cumpriu dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-estagiário. De acordo com a Promotoria, ele é apontado como o responsável por vazar informações sigilosas de um processo relacionado a estupro de vulnerável para evitar a prisão do suspeito do crime.

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O então estagiário teria ligação com membro de facção criminosa e com escritórios de advocacia – Foto: Unsplash

“De acordo com as investigações, em julho deste ano, o então estagiário, ainda no exercício das funções, teria acessado informações do processo — entre elas, a expedição de mandados de prisão — e alertado um investigado sobre a decretação de sua prisão pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Ponta Grossa, o que inviabilizou sua captura pela Polícia Civil”, divulgou o Ministério Público.

O alvo do mandado de prisão foi preso somente uma semana depois. As investigações tiveram início após a comunicação do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) ao Ministério Público sobre a possível ilegalidade.

Além do vazamento do mandado de prisão, foram obtidos indícios de que o então estagiário teria ligação com membro de facção criminosa e com escritórios de advocacia, e apura-se se ele teria se utilizado da função pública para beneficiar outros criminosos.