Uma empresária passou momentos de terror na noite desta quarta-feira (1º) ao ser espancada no meio da rua por três homens, no bairro Batel, em Curitiba. As agressões aconteceram após uma discussão de trânsito na esquina da Avenida Silva Jardim com a Carneiro Lobo. Um motociclista que tentou ajudar a mulher também foi espancado e teve a motocicleta destruída pelo trio. A Polícia Militar (PM) passou pelo local, notou a confusão e encaminhou os homens para a delegacia. Eles assinaram Termo Circunstanciado (TC) e foram liberados.
De acordo com a PM, a mulher conduzia uma SVU e tentou anotar a placa do Logan, onde estava o trio. Para a Banda B, ela deu detalhes e contou que tentou anotar a placa do carro deles após cruzarem o sinal vermelho. “Eu estava na Silva Jardim, cruzando a Carneiro Lobo, e vi que esse carro iria furar o sinal e bater no meu carro. Eu buzinei, eles aceleraram, passaram e eu fui anotar a placa deles. Quando eu estava fazendo isso, eles desceram e vieram me espancar. O motorista passou a me chutar, dar soco na cabeça, na boca”, contou a empresária.
Ela lembra que um motoboy, que saia de uma farmácia, viu o que estava acontecendo e também foi agredido. “Eu pedi para ele parar de me agredir e me deixar ir embora, mas ele dizia que eu tinha perdido e que ele estava acelerado. Dizia isso o momento todo, ele falava muito rápido. Quando eu estava já quase caindo no chão de chute e porrada, um motoboy viu, buzinou, para ver se alguém via ou fazia eles pararem, os caras foram até o motoboy arrebentaram a moto dele, chutaram ele, quebraram o capacete dele, igual fizeram comigo”, completou.
Para a empresária, a chegada da PM fez com que o trio mudasse a versão e passasse a dizer que ela teria agredido os três homens. “Eles não iriam me soltar, se a polícia não tivesse chegado, eu não sei o que iria acontecer. Assim que eles viram os policiais, me devolveram meu celular e pararam de bater no motoboy. Esse homem perdeu a motocicleta, é o trabalho dele, mas eu agradeço porque salvou minha vida”, finalizou a empresária, com hematomas pelo rosto e corpo.
Na delegacia, a Banda B ouviu o motorista do Logan, que é vigilante. Ele negou que tivesse agredido a mulher e que foi agredido pelo motociclista ‘do nada’. “Ela nos fechou, todos nós descemos do carro e nisso parou o motociclista e me deu uma capacetada. Eu fiquei sem entender o motivo daquelas agressões. Eu cai, bati o joelho no chão e já chegou a polícia. Ninguém aqui agrediu, nada”, disse ele.
Polícia
O tenente Andris do 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM) disse que uma ambulância foi acionada para medicar os feridos e, logo em seguida, todos foram encaminhados ao Centro Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate).
“O relato deles é que houve uma situação no trânsito, em que esses rapazes se consideram certos. A condutora do SUV alega que foi agredida por eles e eles alegam que foram agredidos por ela. Um motociclista se envolveu na situação, ele disse ter visto os rapazes agredindo a mulher e parou para auxiliar, inclusive, sendo agredido também”, contou o tenente à Banda B.
Investigação
Câmeras de segurança de condomínios e prédios ao redor serão acionadas pela polícia para investigar as agressões.
Um exame toxicológico foi pedido pela empresária, mas no momento das assinaturas do Termo Circunstanciado não houve o pedido oficial do delegado de plantão para que acontecesse.
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Empresária é espancada por três homens em briga de trânsito no Batel
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