A dor e a revolta marcam as palavras de Valdineia Vieira, avó paterna do pequeno Heitor, de apenas dois anos, que morreu espancado no fim do mês passado no bairro Uberaba, em Curitiba. O caso ganhou repercussão após a prisão da mãe e do padrasto da criança, suspeitos de terem causado a morte violenta.

Em entrevista ao repórter Ricardo Vilches, da Ric RECORD, Valdineia afirmou que o neto apresentava marcas pelo corpo dias antes da tragédia. Ela conta ter questionado a mãe da criança sobre as manchas e recebido uma explicação que agora acredita ser uma tentativa de disfarçar os sinais de agressão.
“Meu neto morreu espancado por eles. Eu vi uma mancha roxa no rosto, nos braços. Eu perguntei para ela e ela falou que ele corria muito e caía. Até falei para ela prestar mais atenção na criança”, relatou, emocionada.
A avó afirma que não sabia das agressões e que ficou em choque ao receber a notícia da morte do menino. “Não tinha conhecimento que eles batiam nele”, declarou.
O laudo da morte apontou que a criança morreu por politraumatismo, resultado de ação contundente, uma evidência compatível com espancamento. Para Valdineia, não há dúvidas sobre o que aconteceu.
O padrasto alegou que o menino havia caído de uma cama de 58 centímetros de altura enquanto estava sob seus cuidados.
De acordo com as investigações, a mãe tinha conhecimento das agressões praticadas pelo companheiro e, mesmo assim, não procurou as autoridades ou tentou impedir as violências. Por isso, também foi presa.
“É isso que o laudo mostra. O espancamento. Politraumatismo, ação contundente. O que mais você vai pensar? Uma criança cair da cama não vai acontecer isso que aconteceu com ele. Que a Justiça seja feita, eles continuem presos e paguem pelo que fizeram com o meu neto.”
A Polícia Civil investiga o caso. A mãe e o padrasto permanecem presos preventivamente.