O advogado Rogério Nogueira, responsável pela defesa de Florisval Silva que matou assassino do filho com um tiro na cabeça, afirmou em entrevista à Banda B que a tese da defesa classificará o crime como homicídio privilegiado, o que como consequência provocaria uma diminuição da pena de prisão.  A justificativa é que o crime aconteceu sob forte emoção, por tudo o que ele passou.

Florisval Silva confessou que matou para vingar a morte do filho – Foto Banda B

“A expectativa que nós temos e o entendimento que o inquérito tem apontado, até agora, é de que o caso se trata de um homicídio privilegiado por forte emoção. Esse entendimento trará uma redução de pena para este pai”, explicou o advogado. Nogueira também contou que Florisval irá respeitar a decisão da justiça: “Ele está a disposição da justiça, vai cumprir a pena que for preciso, mas que seja justa, é nesse sentido que iremos trabalhar”.

Segundo a defesa do trabalhador contou à Banda B, caso venha a se confirmar o homicídio privilegiado, a redução da pena pode ser de um sexto a um terço.

O homicídio denominado como sendo “privilegiado” está estabelecido no artigo 121, § 1º, do Código Penal e apresenta o seguinte texto: “Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço”.

Florisval Silva cumpre o pedido de prisão temporária feito pelo delegado da Polícia. Tendo em vista que trata-se de réu preso, o prazo para a conclusão do inquérito é de cinco dias. Concluindo o documento, ele será encaminhado à justiça e o Ministério Público terá mais cinco dias para apresentar a denúncia. “A expectativa da defesa é de que o trâmite seja rápido, estamos trabalhando para tirá-lo da prisão o quanto antes e podendo responder o processo em liberdade”, completou o advogado.

O crime

Justiça com as próprias mãos. Foi o que o trabalhador Florisval Silva fez: matou assassino do filho de 22 anos com um tiro na cabeça. Florisval foi preso na manhã de segunda-feira (6) e confessou o crime cometido no dia 1º de maio: “Primeiro ele riu na minha cara quando perguntei por que tinha matado meu filho. Daí, troquei meu carro por uma arma, dei mais um dinheiro, voltei e dei um tiro na cabeça dele. Sei que não podia fazer isso, mas estou com a alma lavada”, disse o pai, já na prisão.

Segundo a polícia, João Pedro foi morto a facadas por Lincoln Martins na madrugada do dia 1º de maio, após uma desavença em uma casa a poucos metros da casa do paí da vítima. O pai foi até o local do crime e confrontou Lincoln, que teria rido na cara dele. Transtornado, Florisval foi até Curitiba e trocou o carro por uma pistola 9 mm.

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Advogado de homem que matou assassino do filho espera liberdade do cliente o quanto antes

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