Um adolescente suspeito de envolvimento na morte de Matheus Putrick de Lima, jovem de 25 anos assassinado com mais de dez facadas na madrugada de sexta-feira (31) após ser chamado para fazer uma entrega em Paranaguá, no litoral do Paraná, foi apreendido pela Polícia Civil.
Outro suspeito, maior de idade, foi preso por tráfico de drogas e, segundo o delegado Wesley Moreira, também tem participação no crime.
O jovem foi encontrado morto em uma marginal da PR-407, no Jardim Ouro Fino. Ele trabalhava em uma pizzaria da cidade e foi assassinado na Avenida Bela Vista. Ele havia saído para fazer uma última entrega do dia.
Em entrevista à Ric RECORD, o delegado revelou que os mesmos criminosos envolvidos no homicídio também roubaram uma motocicleta no dia anterior ao assassinato.
“Eles tentaram desovar a moto do primeiro roubo, levar de alguma forma para um desmanche, mas não conseguiram, não tinham nem local apropriado. Então realmente é um grupo meio amador, que fez um dia, deu certo, tentou de novo e, infelizmente, ocorreu essa fatalidade. Muito cruel, com facadas inclusive nas costas”
explicou Moreira.
Durante as diligências, o menor de idade foi identificado e apreendido. Já o homem preso foi flagrado com drogas em uma residência.
“O maior de idade ainda não tem relação direta com a execução desse latrocínio, mas já sabemos que ele é um dos mandantes do crime na região. Ele tem envolvimento com o tráfico de drogas e passagens anteriores por roubo e furto. Então é uma pessoa ligada ao grupo”
relatou Moreira
O caso é investigado como latrocínio — roubo seguido de morte. De acordo com a sogra da vítima, Cris Cardoso, Matheus trabalhava como motoboy em uma empresa durante o dia e, para complementar a renda, havia começado a trabalhar à noite em uma pizzaria. O turno noturno seria temporário, de apenas um mês.
“Muita gente em Paranaguá conhecia o Matheus, ele era muito querido. Milha filha está muito abalada, não consegue dormir direito, e o filho deles, de cinco anos, chora muito pelo pai. Não levaram a moto, o dinheiro, o celular, nada. Apenas a vida dele”
disse a sogra de Matheus.
